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ImprimirEm Mato Grosso do Sul, 23% da população perdeu dinheiro nos últimos 12 meses em algum crime cibernético, como clonagem de cartão, fraude na internet ou invasão de contas bancárias. Os dados são da pesquisa Panorama Político 2024, do DataSenado em parceria com a Nexus, da FSB Holding, divulgado nesta segunda-feira (30).
O levantamento aponta que o perfil das vítimas no Estado é semelhante às características socioeconômicas dos brasileiros, sendo que não há um perfil específico de quem sofre golpes digitais. O levantamento aponta que 51% das vítimas têm renda familiar de até dois salários mínimos em Mato Grosso do Sul.
O indicador é de 49% na população brasileira. Nas faixas etárias, a maior incidência (27%) entre 16 a 29 anos é o mesmo percentual desse grupo na população em geral. Já as pessoas com 60 anos ou mais são 20% da população e 16% das vítimas desse tipo de golpe.
No ranking geral das unidades da federação, o Estado fica em sexto lugar, junto com Amapá, Bahia, Rio de Janeiro e Paraná e um ponto percentual abaixo da média brasileira, que é de 24%.
São Paulo lidera, com 30%; seguido por Mato Grosso, com 28%. Os últimos no ranking são Ceará, que tem a menor incidência 17%; em penúltimo aparece o Piauí (18%).
Para Marcelo Tokarski, CEO da Nexus, “os golpes virtuais têm se tornado cada vez mais frequentes e sofisticados, impactando parcela significativa dos brasileiros. Os dados permitem um diagnóstico amplo, que pode apontar possíveis soluções para prevenção e enfrentamento desse problema”.
O coordenador da pesquisa e analista do DataSenado, José Henrique Varanda, afirma que o levantamento permite compreender melhor a dimensão desse tipo de crime na população brasileira e pode servir como base para elaboração de propostas.
“Outro destaque é a representatividade da pesquisa ao trazer dados locais. As estimativas por unidade da Federação são importantes para representação parlamentar do Senado”, afirma Varanda.
Entre os dias 5 e 28 de junho foram entrevistados 21.808 brasileiros de todas as 27 unidades da Federação. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro média nas respostas para dados nacionais foi de 1,22 ponto porcentual. Por sua abrangência, a pesquisa é considerada a maior sobre o tema feita no Brasil.