Quarta-Feira, 4 de Junho de 2025
Polícia
02/06/2025 08:45:00
Escrivão alvo da operação Grilagem de Papel é afastado da Polícia Civil em Mato Grosso do Sul
Durante a operação, foram apreendidos aparelhos celulares e documentos relacionados à regularização fundiária urbana

MMN/PCS

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Foto: PC de Souza

O escrivão da Polícia Civil, Márcio Rodrigues da Silva, alvo de uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), em Coxim, foi afastado de suas funções. A 2ª fase da Operação Grilagem de Papel foi deferida no dia 27 de maio.

A determinação de afastamento foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (2), que diz: “determinando o recolhimento da arma, carteira funcional e demais pertences do patrimônio público destinados ao referido policial, além da suspensão de senhas e logins de acesso aos bancos de dados da instituição policial, sistema SIGO, INFOSEG, suspensão de férias, caso tais medidas ainda não tenham sido adotadas, informando ao CRH/SEJUSP/MS, DGP/DGPC/MS, DRAP/DGPC, DPI/DGPC, ASSETEL/DGPC e GAB/ DGPC/MS para os fins pertinentes. Com efeito a contar da data do cumprimento do Mandado de Prisão, ocorrido no dia 27 de maio de 2025”.

O afastamento foi assinado pelo Corregedor Clever José Fonte.

Durante a operação, foram apreendidos aparelhos celulares e documentos relacionados à regularização fundiária urbana (Reurb) e à transmissão de imóveis dos investigados. Os presos, segundo o site Edição MS, são dois ex-servidores municipais, um escrivão da Polícia Civil e uma pessoa ainda não identificada. Grilagem de Papel

Conforme apurado até o momento, a organização criminosa, integrada por particulares e servidores públicos, teria fraudado a expedição de diversas certidões de regularização fundiária de terrenos desocupados em Coxim, mas com propriedade definida, sem seguir o procedimento exigido em lei.

A partir dessas certidões ilegais, as propriedades eram transferidas no Cartório de Registro de Imóveis para os próprios envolvidos, seus familiares ou terceiros que pagavam propina para esta finalidade.

O nome da Operação “Grilagem de Papel” faz alusão à apropriação ilegal de terrenos de terceiros por meio de documentos fraudulentos.

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