Quem conheceu Hugo Vinícius Skulny Pedrosa, 19 anos, sabia do talento do garoto e o sonho em crescer no futebol e jogar em grandes times. O sonho foi interrompido depois dele ser morto, esquartejado e jogado no rio Iguatemi em Sete Quedas — a 719 quilômetros de Coxim.

Através das redes sociais, familiares relembraram o comportamento calmo do rapaz e de seu empenho no esporte que amava e fez dele sua profissão.

"Dedicado a família, era amoroso, justo, um menino que sonhava em voar, fazer história nos campos de futebol do mundo. O futebol o levou para vários lugares, não virou um novo Neymar, mas sonhou e batalhou", escreveu uma parente do rapaz.

Além do talento, familiares escreveram sobre o vazio deixado diante de tamanha crueldade.

Em um texto escrito pela prima, a jovem descreve o comportamento da avó desde o desaparecimento do rapaz.

"Cheguei na casa da vó hoje e você não estava lá, ela estava chorando por que você não voltou para casa, ah... No dia do meu aniversário você nem um oi me mandou....porque você já não estava mais entre nós", começou ela.

"Nunca iria imaginar essa situação, quando ela chegou meu coração já me disse o que aconteceu, mas eu não esperava ser com tanta crueldade, como essas pessoas fizeram isso com você. Como elas nos deixaram esses 7 dias sem nenhuma notícia sua! O que esperar de pessoas sem coração? De pessoas sem escrúpulos?", questiona durante a despedida.

"Meu coração chora, meu aniversário não será mais o mesmo, nossa família sempre faltará um pedaço, sempre faltará você!!", finaliza pedindo justiça.

Esquartejado

Hugo foi reconhecido após parte do corpo ser encontrado no rio Iguatemi. A tatuagem feita em homenagem ao pai foi a identificação, já que braços e cabeça não foram encontrados.

O jovem desapareceu na madrugada do dia 25 de junho depois de uma festa em um posto de combustível no Paraguai.

Segundo a Polícia Civil, a linha de investigação aponta para crime passional, mas nenhum suspeito foi citado ainda.