Sábado, 23 de Novembro de 2024
Polícia
07/03/2013 08:16:19
Expectativa é que sentença de Bruno e Dayanne seja proferida hoje
De acordo com o roteiro divulgado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), o promotor Henry Vasconcelos será o primeiro a falar

Agência Brasil/AB

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\n \n O julgamento do caso Eliza Samudio será retomado às 9h desta\n quinta-feira com o início dos debates entre defesa e acusação no Fórum de\n Contagem (MG), região metropolitana de Belo Horizonte. Em seguida, a\n expectativa é que seja proferida a sentença de Bruno e de sua ex-mulher Dayanne\n do Carmo. O goleiro responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado,\n sequestro e cárcere privado da ex-modelo. Já Dayanne é acusada de sequestro e\n cárcere privado do filho de Eliza.\n \n De acordo com o roteiro divulgado pelo Tribunal de Justiça de\n Minas Gerais (TJ-MG), o promotor Henry Vasconcelos será o primeiro a falar. Ele\n terá o tempo de duas horas e meia. Na sequência, a defesa também terá a\n palavra, também por duas horas e meia, tempo que deve ser dividido entre os\n advogados dos dois réus.\n \n Se houver réplica, o promotor pode falar por mais duas horas. Caso\n aja tréplica, os advogados terão a palavra por mais duas horas, que também deve\n ser dividido entre os advogados dos dois réus.\n \n Após a fase de debates, os jurados se reúnem em uma sala com juiz,\n promotor e advogados para proceder à votação dos quesitos, que determinará o\n veredicto – se absolvem ou condenam os réus. Eles respondem apenas “sim” ou\n “não” às perguntas formuladas, colocando em uma urna as cédulas próprias.\n \n Após a votação, a juíza faz a apuração dos votos. A sentença, com\n o resultado do júri, é lida em\n plenário. Se houver condenação, a juíza estabelece a pena,\n determinando o tempo que cada réu cumprirá.\n \n Depoimento\n \n Ontem, o goleiro Bruno prestou depoimento por mais de seis horas.\n No ápice do julgamento, após muito choro, o atleta deixou escapar que "não\n mandou, mas aceitou o crime". O réu também reconheceu que foi omisso.\n "As coisas aconteceram na minha frente, eu deixei. Por isso, de certa\n forma, me sinto culpado", analisou.\n \n Por longas horas, Bruno ficou sentado no banco dos réus e\n respondeu a todas as perguntas feitas pela juíza Marixa Fabiane. No entanto, a\n defesa decidiu que ele não responderia aos questionamentos da acusação. Com\n isso, as mais de 50 perguntas feitas pela promotoria não foram rebatidas.\n \n Bruno também não quis responder as perguntas do advogado de Bola,\n Ércio Quaresma, e, inclusive, se retirou do plenário. Logo após, algumas\n perguntas pontuais dos jurados foram respondidas. A juíza encerrou os trabalhos\n por volta das 20h20 e determinou que o goleiro retornasse para a penitenciária\n Nelson Hungria.\n \n O caso Bruno\n \n Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído\n do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois\n a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por\n Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador,\n localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com\n quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O\n menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro\n Liberdade, em Ribeirão das Neves.\n \n Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de\n ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido,\n jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em\n cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos,\n conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o\n relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães.\n \n No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem\n considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão,\n acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio\n Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da\n Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por\n envolvimento no crime.\n \n No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo\n sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e\n executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados\n pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O\n goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão. \n \n Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão,\n Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por homicídio\n triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de\n cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson responderiam por sequestro e\n cárcere privado.\n \n No dia 19 de novembro de 2012, foi dado início ao julgamento de\n Bruno, Bola, Macarrão, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na\n defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo. O júri condenou\n Macarrão, a 15 anos de prisão, e Fernanda Gomes de Castro, a cinco anos. O\n julgamento de Bruno e de Dayane Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e\n acusada de ser cúmplice no crime, foi remarcado para 4 de março de 2013. O\n ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é acusado como autor do\n homicídio, teve o júri marcado para abril de 2013.\n \n \n \n \n
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