G1MS/LD
ImprimirO governador Eduardo Riedel participou na manhã desta quinta-feira (19) de uma reunião no Supremo Tribunal Federal (STF) para debater a influência do marco temporal nas terras indígenas em Mato Grosso do Sul.
Durante a audiência, o chefe do Executivo estadual também comentou sobre os conflitos em Antônio João (MS) que resultaram na morte do indígena Neri Ramos da Silva, de 23 anos, na quarta-feira (18), e apresentou documentações detalhadas sobre as áreas declaradas e demarcadas no estado.
Riedel destacou que a reunião foi "muito positiva" e enfatizou que o relatório apresentado detalha todas as áreas em estudo, além do grau de litígio de cada uma delas. O governador disse ainda que o estado avalia a indenização dos produtores rurais cujas terras foram declaradas ancestrais.
"Estamos buscando avançar em soluções concretas, inclusive através da indenização dos proprietários nas áreas onde isso couber", afirmou o governador.
Áreas de interesse do crime
Riedel comentou ainda sobre o relatório do serviço de inteligência da polícia do estado que mencionou a presença de narcotraficantes na região onde ocorreram os conflitos.
"Temos que separar os conflitos agrários da questão do crime organizado. Em algumas situações, o crime organizado se aproveita do conflito agrário para atuar na região, como no caso de Antônio João", explicou Riedel.
Ele informou que um relatório da inteligência sobre a atuação do crime organizado na área também foi entregue ao Ministro da Justiça e ao Ministro Gilmar Mendes.
As queimadas no Pantanal
Ainda na tarde desta quinta, o governador Riedel participou de uma reunião em Brasília com o chefe da Casa Civil, ministro Rui Costa, para discutir o combate às queimadas no Pantanal Sul-mato-grossense.
"Estamos chegando ao fim das queimadas com as chuvas recentes, mas a presença das forças de segurança, especialmente o Corpo de Bombeiros Militar e os brigadistas do ICMBio e do PrevFogo, continua", disse Riedel, enfatizando que o debate está mais relacionado a um programa de prevenção para o próximo ano. "Estamos trabalhando para estar cada vez mais preparados para situações de seca ou cheia", completou.