\n \n O\n caminhoneiro Joselmal Gomes Fernandes, de 53 anos, acusado de matar a ex-esposa\n na noite dessa quarta-feira (10), não aceitava o fim do relacionamento e era\n contra o namoro da filha mais velha, de 14 anos. Para a Polícia, o crime foi\n premeditado.\n \n Edna\n da Silva Nascimento, de 35 anos, foi morta com quatro tiros quando estava na\n casa da mãe dela, na Rua Capão Redondo no bairro Chácara das Mansões. Segundo a\n Polícia, o autor ligou dizendo que precisava conversar com a ex-mulher e com a\n ex-sogra, sobre o relacionamento da filha.\n \n Durante\n a conversa, Edna levantou para ir até a cozinha e foi atingida por quatro\n tiros. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu e morreu na UPA (Unidade de\n Pronto Atendimento do bairro Universitário). O irmão dela, Elson Gonçalves da\n Silva, de 38 anos que também estava na casa foi atingido por um tiro de raspão.\n \n Joselmar\n fugiu logo após o crime em uma caminhonete L-200.nbsp;\n \n Segundo\n a família, autor e vítima foram casados por 18 anos e estavam separados há\n quatro dias.\n \n Para\n a delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Rosely\n Molina, o crime foi premeditado. ”Eles terminaram no sábado e no domingo ele\n foi atrás de um conhecido para comprar uma arma. Essa pessoa se recusou a\n vender, mas acabou emprestando porque Joselmal mentiu dizendo que a arma seria\n utilizada para caçar”, explica.\n \n Como\n o autor não tinha passagens por violência, a Polícia vai analisar como era a\n relação do casal.nbsp;\n \n Luziane\n Nascimento da Silva, de 29 anos, irmã da vítima disse que Joselmalnbsp;era uma\n pessoa calma, mas que humilhava Edna frequentemente e por isso ela resolveu se\n separar. "Nunca imaginamos que ele fosse capaz disso", diz.\n \n "Ele\n foi na minha casa minutos antes do crime. Eu pedi pra ele ter paciência e\n procurar a igreja. Ele prometeu que iria pra casa e em seguida, matou a minha\n irmã. Ele destruiu a nossa família", desabafa Onória da Silva Nascimento,\n irmã de Edna.nbsp;\n \n A\n vítima deixou três filhos de 3, 8 e 14 anos. O corpo dela nbsp;está sendo\n velado na Pax Nacional das Moreninhas.nbsp;\n \n Denúncias:nbsp;\n \n Segundo\n a delegada Rosely Molina, 1.679 medidas protetivas para mulheres vítimas de\n agressões ou ameaças foram realizadas só esse ano. Anbsp;proibiçãonbsp;mais\n comum é de que o autor deixe o lar e não se aproxime da vítima.\n \n "As\n mulheres precisam buscar ajuda no primeiro sinal de violência. Denunciar é\n muito importante porque a medida protetiva funciona aqui no nosso estado. Mas\n não adianta ter a medida e deixar o homem entrar na casa", orienta.\n \n A\n delegada também explica que na maioria das vezes os autores dizem estar\n arrependidos, que foi apenas um minuto de bobeira ou ainda, que ficaram cegos.\n \n Caso Parecido: No dia 26 de maio,nbsp;Sirlei Machado Ferreira, de 30\n anos, foi morta a tiro pelo ex-marido, Ney Calisto Ribeiro, 38 anos, no Jardim\n Canguru, em Campo\n Grande.nbsp;\n \n De\n acordo com a Polícia Civil, a vítima foi atingida na Rua Jabuti, quando descia\n de uma caminhonete.nbsp;O tiro de calibre 38 atingiu as costas da vítima, saiu\n pelo peito e também pegou na lataria do veículo. A mulher morreu no local.\n \n Ney\n Calisto, que também era caminhoneiro se apresentou à Polícia dois dias depois\n do crime. Elenbsp;confessou\n ter matado a ex-mulher nbsp;e justificou dizendo que ficou “cego”.\n \n Os\n casal ficou junto por 10 anos e também não tinha histórico de brigas. Eles\n estavam separados havia dois meses e ele não aceitava o fim do relacionamento.\n Sirley era mãe de um menino, de nove anos.\n \n \n \n \n