\n \n Com inúmeras queimaduras pelo corpo e sinais de espancamento na\n cabeça, o homem encontrado morto no início da tarde da última segunda-feira,\n pode ter sido uma vítima do crime organizado. Esta é uma das mais fortes teses\n levantadas pela polícia depois que um corpo foi localizado amarrado,\n estrangulado, nu e amarrado a uma cerca numa estrada vicinal que dá acesso a\n inúmeros assentamentos rurais e também à usina termoelétrica Willian Arjona, em\n Campo Grande. \n \n Por conta do estado de rigidez do corpo, acredita-se que o homem\n foi morto na noite de sábado para domingo. Os requintes de crueldade empregados\n para matar o homem são fortes indícios de alguma execução planejada por\n organização criminosa. “Além de ser morto desta forma, que praticou o crime fez\n questão de deixar o corpo exposto à beira da estrada para quem passava”,\n detalha o delegado responsável pela condução das investigações, Valmir Messias\n Moura Fé. \n \n O corpo foi encontrado amarrado a um palanque da cerca com as mãos\n para traz, com sinais de estrangulamento com uma camiseta, queimaduras feitas\n com objeto quente, com um dos joelhos bastante ralado (indicando que pode ter sido\n arrastado antes de ser morto) e nu. Num dos pés tinha uma botina e próximo ao\n corpo estava uma cueca. \n \n Algumas facções criminosas fazem espécie de tribunal do júri para\n julgar certas situações como traições dentro do grupo ou contra aqueles que não\n cumpriram ordens. Ainda não é possível afirmar se o homem poderia pertencer a\n alguma, inclusive porque ele ainda não foi identificado. Hipóteses como vítima\n de engano também são levadas em conta. \n \n De acordo com a polícia o corpo ainda está no Instituto Médico\n Legal Odontológico (Imol) a espera de identificação. O delegado Moura Fé também\n requisitou para a Agência do Sistema Penitenciário (Agepen) um levantamento da\n ausência de internos do presídio da Gameleira, que fica há aproximadamente 15\n km d local onde o corpo foi encontrado. Com isto é apontada a hipótese também\n de que possa ser algum dos internos. \n \n \n \n \n