Segunda-Feira, 2 de Junho de 2025
Polícia
29/05/2025 15:27:00
Isolado: Homem que matou e carbonizou esposa e filha permanecerá preso
João Augusto Borges de Almeida, de 21 anos é réu confesso por ter matado e carbonizado a esposa e filha na segunda-feira (26)

CE/PCS

Imprimir
João Augusto foi agredido por colegas de cela, na delegacia onde aguardava a audiência de custódia (Foto: Reprodução)

Nesta quinta-feira (29), durante audiência de custódia, a justiça converteu a prisão em flagrante de João Augusto Borges de Almeida, que confessou ter matado e carbonizado a esposa Vanessa Eugênio Medeiros, de 23 anos, e a filha de 10 meses, Sophie Eugenia Borges, em prisão preventiva.

João cometeu o crime na segunda-feira (26), no bairro São Conrado e foi preso na terça-feira (27) após ir a uma delegacia registrar um falso boletim de ocorrência sobre o desaparecimento de mãe e filha, na tentativa de enganar os policiais e não ser considerado suspeito.

Entretanto, no momento do registro do BO, equipes da 6ª Delegacia de Polícia Civil, localizada no Jardim Tijuca, acionaram a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa - (DHPP), que foram até o local e prenderam João.

Logo depois, ele confessou o crime, alegando que passava por problemas emocionais e financeiros no relacionamento e a esposa queria se separar, mas ele se recusava e dizia que não queria pagar pensão.

Em depoimento a polícia, conforme o delegado responsável pelo caso e titular da Delegacia Especializada de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP), Rodolfo Daltro, o réu não demonstrou arrependimento e detalhou como cometeu o crime, afirmando que isso era melhor do que pagar pensão.

Daltro ainda disse que o jovem João Augusto Borges, foi “extremamente frio” ao estrangular e queimar os corpos de Vanessa e de Sophie. Além disso, sem antecedentes criminais, ele premeditou toda a ação por dois meses, e decidiu matar esposa e filha durante seu intervalo de almoço.

“Saiu para trabalhar de manhã e por volta das 15h30 voltou para casa já decidiu praticar o crime”, destacou o delegado, que descreveu cronologicamente a ação de João Augusto, que trabalhava como estoquista em uma loja de conveniência.

“Deu um brinquedo para a criança, chamou (Vanessa) para conversar sobre o relacionamento, aplicou um mata-leão nela, imobilizou os pés e matou. Em seguida, esganou a criança e voltou a trabalhar como se nada tivesse ocorrido”, disse o delegado.

Vanessa e Sophie foram veladas na quarta-feira (28) em Chapadão do Sul, cidade onde mora a família da jovem.

Conforme Daltro, apenas cinco horas após a morte de Vanessa e da pequena Sophie, João retornou para o bairro São Conrado, onde morava com a família, e por volta das 19h, comprou um galão de gasolina, enrolou os corpos das vítimas em cobertores, colocou ambas no porta-malas de seu carro, levou a um local ermo do indubrasil e ateou fogo.

O jovem será julgado por duplo feminicídio e ocultação de cadáver, e segundo Daltro, pode pegar uma pena de ao menos 40 anos. “Ele pode pegar cerca de 40 anos. Inclusive, a massa carcerária não tolera esse tipo de crime, com certeza ele corre riscos na prisão”, disse o delegado.

AGREDIDO EM CELA

Na tarde de ontem (28), conforme informações obtidas pela reportagem do Correio do Estado, João Augusto foi agredido por colegas de cela, na delegacia onde aguardava a audiência de custódia. Conforme a polícia, após a agressão, ele foi isolado.

A audiência de custódia que determinou que João ficará preso aconteceu nesta quinta-feira (29), mas a polícia ainda não divulgou para qual presídio ele será encaminhado.

COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias