\n \n O jornalista Paulo Rocaro, assassinado em fevereiro de 2012, em Ponta Porã,\n foi morto devido à briga política e três pessoas estão envolvidas no crime: o\n dirigente político Cláudio Rodrigues de Souza, conhecido como “Meia Água”, o\n sobrinho dele, Luciano Rodrigues de Souza e Hugo Stancatti Ferreira.\n \n Rocaro foi morto na noite do dia 12 de fevereiro, quando seguia para casa\n dele após uma reunião política na residência de um amigo. Três meses depois, de\n acordo com o delegado responsável pelas investigações, Odorico Ribeiro\n Mesquita, o homicídio já estava esclarecido, no entanto, quando pediu as\n prisões dos três envolvidos, o Poder Judiciário quis mais provas. “Agora vamos\n refazer os pedidos”, disse.\n \n Agora, 15 meses depois, o inquérito de 650 páginas foi concluído com mais\n elementos que apontam Cláudio como mandante, Hugo como a pessoa que disparou\n quatro tiros em Rocaro e Luciano como piloto da motocicleta que tinha o\n executor como passageiro.\n \n Segundo apurou a Polícia Civil, a briga começou nas eleições internas do PT,\n para escolha do nome do partido à disputa da Prefeitura de Ponta Porã. Enquanto\n o jornalista apoiava o ex-prefeito Vagner Piantoni, Cláudio queria a esposa\n dele, Sudelene Alves Machado.\n \n Em um de seus artigos, o comunicador comparou a colagem de fotos de\n criminosos com pedidos de recompensas, com a colagem de santinhos pedindo\n votos. E foi essa a ‘gota d’ água para o assassinato. “Foi o determinante para\n o Cláudio optar em ceifar a vida do Paulo”, afirma o delegado.\n \n Câmeras de segurança, relatos de testemunhas,\n interceptações telefônicas e gravações feitas pelo próprio Cláudio o apontam\n como o mandante do crime. Entre as pessoas que prestaram depoimento estão\n algumas que viram vítima e autor discutindo em uma padaria.\n \n Nas gravações feitas por Cláudio, no posto de combustíveis que era dele em\n sociedade com outra pessoa, consta uma conversa dele com outra pessoa, onde ele\n diz que já havia alertado Paulo que ele poderia morrer devido ao que escrevia.\n \n Câmeras de circuitos internos registraram a moto usada pelos executores e\n também o momento em que Rocaro pede socorro em um comércio. Essas imagens foram\n essencial para a Polícia Civil chegar aos assassinos. Conforme a Polícia, a\n esposa de Cláudio, Sudelene, não tem envolvimento no crime.\n \n Rocaro foi atingido por quatro tiros de pistola 9 milímetros. Os projéteis\n transfixaram o tórax do jornalista, que morreu devido à hemorragia.\n \n Após o homicídio, Hugo, que já é foragido da Justiça brasileira por outro\n crime, fugiu para o Paraguai. Luciano chegou a morar na casa de Cláudio, mas,\n não foi mais localizado, assim como o próprio mandante, cujo advogado entrou em\n contato com a Polícia Civil.\n \n Cláudio já foi condenado, em São Paulo, por homicídio, a 17 anos e seis\n meses de prisão. No entanto, como a sentença está em grau de recurso, continua\n em liberdade.O jornalista Paulo Rocaro, assassinado em março de 2012, em Ponta\n Porã, foi morto devido à briga política e três pessoas estão envolvidas no\n crime: o dirigente político Cláudio Rodrigues de Souza, conhecido como “Meia\n Água”, o sobrinho dele, Luciano Rodrigues de Souza e Hugo Stancatti Ferreira.\n \n \n