Sábado, 23 de Novembro de 2024
Polícia
15/11/2012 11:45:46
Júri absolve policiais militares acusados de matar integrante do PCC
Os três policiais militares acusados de executar Anderson Minhano, em 28 de maio deste ano, na Rodovia Ayrton Senna, na zona leste de São Paulo, foram absolvidos anteontem pelo 4.º Tribunal do Júri da capital.

Estadão/HJ

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\n \n Os\n três policiais militares acusados de executar Anderson Minhano, em 28 de maio\n deste ano, na Rodovia Ayrton Senna, na zona leste de São Paulo, foram\n absolvidos anteontem pelo 4.º Tribunal do Júri da capital. O caso foi\n sentenciado em menos de seis meses.\n \n Minhano\n era um dos seis suspeitos de integrar o Primeiro Comando da Capital (PCC)\n mortos depois de uma suposta troca de tiros com os agentes das Rondas\n Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) em um lava-rápido da Tiquatira, região da\n Penha. O evento é considerado o estopim da atual onda de violência no Estado.\n \n O\n sargento Carlos Aurélio Thomaz Nogueira, de 42 anos, o cabo Levi Cosme da Silva\n Júnior, de 34, e o soldado Marcos Aparecido da Silva, de 37, foram acusados de\n atirar contra Minhano no acostamento da Ayrton Senna, perto do Parque Ecológico\n do Tietê, quando levavam o suspeito para ser socorrido, após o suposto\n tiroteio. \n \n O\n relato da execução foi feito por uma testemunha, em tempo real, ao 190. Foram\n encontradas marcas de sangue onde ela dissera ter ocorrido o crime. Câmeras da\n concessionária da rodovia mostraram a viatura parada no local apontado.\n \n No\n julgamento de anteontem no Fórum Mário Magalhães, os jurados absolveram por\n unanimidade os acusados. Segundo o advogado de defesa, Celso Machado Vendramini,\n a testemunha entrou em contradição - teria dito que eram quatro PMs na viatura\n e estava a 25 metros do local, quando a perícia apontou 68 metros de distância.\n "Acho que ela imaginou uma cena e narrou isso à polícia."\n \n Sobre\n o motivo da parada durante o socorro, o advogado manteve a versão dos acusados,\n que não convenceu nem a Corregedoria da PM nem a Polícia Civil. "Eles\n pararam ali porque um dos policiais teve cãibra na perna. Ele já tinha um\n histórico de problemas musculares, foi até afastado de cursos da PM. Sustentei\n isso e os jurados aceitaram", disse Vendramini.\n \n Oficial. A matança no suposto tiroteio aconteceu\n depois que uma denúncia anônima apontou que, no lava-rápido, lideranças da\n facção planejavam o resgate de um preso no Centro de Detenção Provisória do\n Belém. Nenhum policial ficou ferido.\n \n O\n promotor de Justiça responsável pelo caso, Estefano Kvastk Kummer, não quis\n comentar a decisão dos jurados. O Ministério Público informou que ele recorreu\n da decisão, tomada após 10 horas de julgamento. Segundo a PM, os policiais\n serão integrados às tarefas administrativas até a conclusão do procedimento\n interno. \n \n \n \n \n
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