\n \n Os desembargadores da 5ª Câmara Cível, negaram o pedido de\n liberdade a Dionathan Celestrino, 21, o “Maníaco da Cruz”, internado desde\n julho na ala de Saúde do presídio de Segurança Máxima. Antes de ser\n transferido, Dionathan ficou internado na ala de psiquiatria da Santa Casa. \n \n O “Maníaco da Cruz”, foi internado após fugir da Unei da cidade de\n Ponta Porã em março deste ano e ser recapturado um mês depois na cidade\n paraguaia de Horqueta. \n \n A defesa de Dionathan, argumenta que já houve a penalidade de\n acordo com o ECA pelos atos infracionais praticados quando menor. Sustenta\n ainda que o pedido do Ministério Público Estadual (MPE) é de internação\n hospitalar e não de encaminhamento à unidade prisional. \n \n O último laudo pericial assinado por quatro médicos psiquiatras,\n recomenda que Dionathan, seja mantido em regime fechado por apresentar\n Transtorno de Personalidade Antissocial, conhecido como “psicopatia” e\n Transtorno de Personalidade Paranóide. \n \n E sua decisão, o relator e desembargador Júlio Roberto Siqueira\n Cardoso, ressalta que, o apelante é tido como pessoa com pouca necessidade de\n prestar ajuda aos outros, com baixos desejos e sentimentos de piedade,\n compaixão e ternura, sendo considerado perigoso representando alto risco social\n e reincidência criminal. Em seu voto, o desembargador lembra que o interditado\n já empreendeu fuga do estabelecimento educacional onde cumpria sua medida\n socioeducativa, sendo recapturado no país vizinho Paraguai. \n \n Relembre os crimes \n \n Dionathan apreendido em outubro de 2008 em Rio Brilhante, é\n acusado de matar três pessoas na cidade. \n \n Na época, a delegada Maria de Lourdes, então lotada na Delegacia\n Especializada de Atendimento à Infância e ao Adolescente (Deaij), explicou que\n o jovem alegava que suas vítimas estavam no descaminho de seu deus satânico, na\n qual idolatrava. Então, ele as assassinava, como se fosse um favor. \n \n As vítimas foram o pedreiro Catalino Gardena, 33, a frentista Letícia Neves\n de Oliveira, 22, e a estudante Gleice Kelly da Silva de 13 anos. No dia 2 de\n julho de 2008, Catalino, que foi morto com uma perfuração no peito, estava com\n os braços abertos e os pés juntos. O corpo foi deixado em um terreno baldio,\n sem a camisa e com a inscrição INRI no peito feita com uma faca. \n \n No dia 24 de agosto, Letícia Neves foi encontrada nua sobre um\n túmulo do cemitério da cidade, na mesma posição e com uma tatuagem de uma cruz\n no peito. De acordo com a Polícia Civil, ela foi estrangulada. \n \n Já no dia 6 de outubro, a polícia encontrou o corpo da Gleice Kelly,\n também estrangulada e na mesma posição. Junto à vítima, havia um bilhete com\n cruzes e letras soltas que, dentro de possibilidades, formavam a palavra\n “inferno". \n \n Em setembro, uma possível vítima do ”maníaco da cruz” identificada\n como Carla, conseguiu sobreviver, em um “absolvimento” do criminoso. Na época\n ela teria sido “julgado” a jovem como "pura".