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ImprimirAngélica Aparecida da Cunha Souza, 34 anos, foi condenada a 17 anos de prisão em regime fechado por matar Luiz Carlos de Souza Sanchini. O crime aconteceu dia 27 de março e o corpo da vítima foi encontrado na manhã do dia seguinte em um terreno na Rua Florianópolis, Bairro Jardim Imá, em Campo Grande. Ele estava com ferimentos e as pernas amarradas.
Hoje Angélica sentou no banco dos réus da 2ª Vara do Tribunal do Júri. Ao juiz Aluizio Pereira dos Santos ela negou ter chamado a vítima para um programa sexual e alegou que foi violentada pelo homem quando foi resolver o pagamento da compra de uma motocicleta por aplicativo de vendas.
“Eu o conheci nesse aplicativo. Eu anunciava algumas coisas e comprei essa moto dele. O valor era mais ou menos R$ 3 mil e eu acertei que pagaria R$ 300 por semana. Paguei nove parcelas certinhas, nunca tive nenhum relacionamento com ele. Mas faltava a última parcela e ele pediu a moto de volta. Eu já tinha vendido para outra pessoa”, explicou Angélica.
Segundo o relato da acusada, o novo comprador disse que só devolveria a moto se ela pagasse R$ 6 mil, ou seja, o dobro do valor. O Luiz não concordou e ficou pedindo que ela devolvesse o veículo porque era parte de uma divisão de bens de sua família. No dia do crime, ela pediu a casa de uma amiga emprestada para resolver a situação.
“Ele chegou lá bêbado junto com um amigo. Ficamos conversando na sala e ai eu fui no quarto. O Luiz veio atrás de mim e me prensou. Depois me jogou na cama e tirou minha roupa. Ele era maior que eu, não consegui me livrar dele. Não o chamei para fazer programa. Ele me deu um soco na boca que arrancou meu dente. Me violentou”, contou a mulher.
Ela ainda alegou que o homem saiu por cerca de cinco minutos e depois voltou tentando estuprá-la novamente, foi quando ela reagiu e o enforcou. “Peguei no pescoço e joguei ele pro chão. Achei que ele estava desmaiado. Não queria matar ele. Falei pra ele parar. Eu gritei, ele me enforcou. Só me defendi. Eu não queria matar ele”, finalizou Angélica.
A mulher foi denunciada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, mas foi condenada pelo Conselho de Sentença apenas pelo assassinato. Com isso, o juiz Aluizio a sentenciou a 17 anos de prisão em regime fechado, mantendo a presa até a progressão de regime.