Sábado, 23 de Novembro de 2024
Polícia
05/02/2013 09:00:00
MG: homem é suspeito de matar prima para não assumir namoro
A Polícia Civil apresentou na manhã desta terça-feira, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Belo Horizonte, João Carlos Alves da Cunha, 35 anos.

Terra/PCS

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O suspeito tinha um caso amoroso com a prima e, segundo a polícia, se sentia pressionado a casar (Foto: Ney Rubens)
\n \n A Polícia Civil apresentou na manhã desta terça-feira, no Departamento de\n Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Belo Horizonte, João Carlos Alves da\n Cunha, 35 anos. Ele é suspeito de assassinar sua prima de segundo grau, a\n estudante Núbia Glenda Ferreira da Silva, 20 anos, com quem mantinha um\n relacionamento amoroso. O crime foi em setembro de 2011, no bairro Industrial,\n em Contagem, região metropolitana da capital.\n \n Segundo a polícia, o suspeito tinha um caso amoroso com a prima e, ao mesmo\n tempo, mantinha um relacionamento com outra mulher. O motivo do crime teria\n sido porque ele não queria assumir compromisso com a jovem e se sentia\n pressionado a casar. Cunha, que é motorista do Sindicato dos Metalúrgicos de\n Betim, município da região metropolitana de Belo Horizonte, foi preso em\n novembro do ano passado e apresentado nesta terça-feira, após ser denunciado\n pelo Ministério Público (MP-MG) por homicídio e ocultação de cadáver.\n \n De acordo com o inquérito criminal, a estudante desapareceu no dia 16 de\n setembro de 2011, depois de realizar uma prova na faculdade de Recursos Humanos\n em Contagem. Após\n fazer diligências pela região, a Polícia Civil encontrou o corpo da vítima em\n um matagal no bairro San Remo, no dia 9 de outubro do mesmo ano.\n \n Segundo o delegado Luciano Vidal, chefe do Departamento de Homicídios de\n Contagem, há inúmeras ligações telefônicas do celular do suspeito no dia do\n desaparecimento, que comprovam que ele esteve no bairro onde a vítima residia e\n no local onde o corpo foi desovado.\n \n "Ela teria feito uma prova na faculdade e depois foi convidada pelo\n suspeito a participar de uma festa no sindicato. Ela recebeu uma ligação do\n João Carlos, que foi até o apartamento dela. Houve uma briga, ele a golpeou na\n cabeça, a matou e foi pra festa. Durante a festa ele voltou à casa da vítima,\n pegou o corpo o levou para desova no matagal", disse.\n \n No apartamento da vítima, a perícia encontrou vestígios de sangue e cacos de\n vidro próximos ao sofá, que confirmou que ela teria sido golpeada na cabeça,\n antes de ser morta. "Não há como saber a causa da morte de Núbia. O corpo\n dela foi encontrado em avançado estado de decomposição e parcialmente\n carbonizado. Provavelmente, ele pôs fogo após matá-la", explicou.\n \n Durante a apresentação o suspeito, a todo momento, negava que teria cometido\n o crime. Segundo o delegado, houve contradições no depoimento dele e, durante a\n fase de investigações, Cunha inibia a família e testemunhas que iriam prestar\n depoimento à polícia.\n \n "Ele solicitou à mãe da vítima que relatasse à polícia que eles não\n viviam juntos e coagia os representantes do sindicato que seriam ouvidos pela\n polícia", revelou. Ainda de acordo com o delegado, dois dias após o\n desaparecimento, a mãe da jovem, que mora em Abaeté, foi até Contagem para se\n encontrar com o suspeito e saber o paradeiro da filha. Porém, "quando ela\n encontrou o suspeito, ele chorava copiosamente, abraçou ela e pediu perdão, mas\n não explicou o motivo", disse.\n \n Núbia saiu da cidade de Abaeté, na região central do Estado, para estudar em Contagem. De acordo com\n o delegado, ela estava sozinha na cidade, quando começou a se envolver com o\n primo da mãe. De acordo com Vidal, o suspeito mantinha uma vida dupla e\n prometia casar com a jovem. "Ela queria se casar em novembro de 2011. Já\n orçavam valor de alianças", disse. Ainda segundo a polícia, ele teria se\n sentido pressionado, após a jovem ameaçar dizer que estava grávida e que\n contaria para o pai do suspeito, para forçá-lo a casar.\n \n A mãe da vítima, Jutelma da Cunha Ferreira, 49 anos, compareceu ao\n Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no centro de Belo\n Horizonte, para acompanhar a apresentação do suspeito. Ela contou que nunca\n imaginou que ele pudesse cometer o crime. "É um sentimento de raiva de não\n ter ela aqui comigo. Tem que ser ele, não tem jeito, não tem outra\n pessoa", disse.\n \n Muito emocionada, Jutelma disse que ficava despreocupada tendo alguém da\n família ao lado da filha, mas não imaginava que eles tinham um relacionamento\n amoroso. "Não sabia que ele tinha relacionamento com ela nem com a outra\n mulher. Ela tinha sonho de se formar, era linda, inteligente, queria ser chefe\n dentro de uma empresa. É muito revoltante, poderia ser qualquer outra pessoa,\n não imaginava nunca que seria ele", revelou.\n \n \n
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