O MPE (Ministério Público Estadual) pede júri popular para o \n traficante Magno Henrique Martins dos Santos, 28 anos, que no dia 29 de \n fevereiro deste ano, no bairro Tarsila do Amaral, região do Nova Lima, \n em Campo Grande, atropelou e matou Rayane Amorim Piccelli Pereira, de \n seis anos.\n \n Nas alegações finais, o promotor de Justiça Fernando Martins Zaupa \n pede pronúncia de Magno por homicídio qualificado pelo motivo torpe, \n meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e aumento de pena \n também pelo fato da vítima ser menor de 14 anos.\n \n O promotor pede que Magno seja pronunciado também pelos crimes de \n desrespeito a ordem de funcionário público e por dirigir sem ser \n habilitado.\n \n Para que Magno seja pronunciado por estes crimes, o promotor citou \n nas alegações finais trechos de depoimentos em juízo de testemunhas, \n informações que constam nos laudos periciais e jurisprudência em casos \n semelhantes.\n \n “ ... quando ele [Magno] chegou lá na frente, uns 150 metros, tinha \n três crianças vindo de encontro, e ele acertou a menina do meio, que \n estava próxima ao meio fio e arremessou ela à frente, e ainda \n posteriormente passou por cima de novo da criança, e evadiu...”, disse \n em juízo um dos policiais civis envolvidos na perseguição a Magno.\n \n Ao perceber a aproximação da viatura policial, Magno aumentou a \n velocidade da moto que pilotava e saiu em fuga por várias ruas. Ao \n chegar na rua Major Giovani Francisco Nadalin, trê crianças caminhavam \n pela via, em sentido oposto ao dele.\n \n “Desta forma, o acusado que estava no meio da via, manobrou sua \n motocicleta em direção às referidas crianças, dentre elas, a vítima \n fatal, instante em que o réu Magno Henrique propositadamente atropelou a\n vítima Rayane, arremessando-a vários metros à frente de sua \n motocicleta. Após, mesmo podendo desviar do corpo da menina, que já \n agonizava prostrada ao chão, metros à frente, o réu novamente passou com\n a sua motocicleta por cima da vítima”, diz o Ministério Público.\n \n O acusado confessa que atropelou Rayane, mas, diz que não teve intenção de atingi-la e que houve acidente.\n \n O réu foi preso em outra rua, na Berta Lutz, “... após os policias \n civis inclusive terem efetuado disparos de arma de fogo para o alto...”,\n consta nas alegações finais.\n \n Após ser atropelada, Rayane foi socorrida para a Santa Casa e morreu \n horas depois com traumatismo craniano grave, lesões em crânio, face, \n tórax e abdômen, lacerações em região vaginal e lesão extensa em coxa \n esquerda.\n \n Júri popular - As alegações finais no processo \n contra Magno já estão com a Justiça. Agora, a defesa também irá \n apresentar as alegações finais e somente depois disso o juiz responsável\n decide se pronuncia o réu de acordo com as provas da acusação, se \n retira qualificadoras e/ou crimes ou ainda se faz a impronúncia.\n \n Se caso houver a pronúncia- júri popular – e o réu não concordar, \n pode recorrer ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que \n pode manter, ou não, a sentença de primeiro grau.\n \n Magno tem passagens pela Polícia desde 2008 pelos crimes de tráfico \n de drogas, furto, tentativa de homicídio, perturbação do sossego alheio e\n violência doméstica. Ele estava foragido quando matou Rayane. Havia \n contra ele mandado de prisão expedido pela comarca de Rio Verde.\n \n \n