Sheila Forato
ImprimirDesde terça-feira (2), a Polícia Civil de Coxim está trabalhando para elucidar uma execução ocorrida na Vila Bela. Entretanto, até agora, a investigação não tem nada de concreto, a não ser a participação de três pessoas que ocupavam um carro escuro, assim como as armas usadas, de calibres 22 e 38.
Por outro lado, uma vítima considerada polêmica, o comerciante Dirley de Souza Borges, de 39 anos. Como já dissemos em outras reportagens, ele tinha muitos desafetos, pelos mais variados motivos. Recentemente teria se relacionado com uma mulher que seria esposa de membro de facção criminosa.
Dirley também foi apontado como autor de um estupro, contra uma adolescente de 14 anos, filha de um oficial, enquanto participava do curso de formação da Polícia Militar do Mato Grosso. Lá e cá ele também denunciou diversos policiais. De volta a Coxim, participava de denúncias ambientais.
De acordo com a polícia, grande parte dessas denúncias é infundada, mas, causava transtorno aos denunciados, além de prejuízo moral. Dirley usava sua rede social para expor essas pessoas. O mesmo fazia, dando nome e imagem, quando alguém passava em frente a seu estabelecimento comercial e se sentia intimidado ou ameaçado.
Somado a tudo isso, a polícia tem de lidar com a falta de informação para chegar até os autores. Um investigador ouvido por nossa reportagem assumiu a dificuldade de elucidar um crime sem características. “Não temos rosto, nem altura, nem peso. Não sabemos se os autores são brancos, morenos ou ruivos...”, disparou.
Os autores não desceram do carro, que estava sem placas. Na verdade, praticamente atiraram com o veículo em movimento. Por conta dos detalhes, dentre eles a forma de segurar as armas para atirar, a polícia acredita na possibilidade dos autores serem matadores profissionais, contratados para a execução.
A polícia trabalha com pelo menos cinco linhas de investigação, porém, a principal é vingança. O investigador ouvido por nossa equipe relata que dentro dessas linhas existem vários suspeitos, que vão ser ouvidos ao longo da investigação. Testemunhas já estão sendo ouvidas na 1ª Delegacia de Polícia de Coxim.