Metro/PCS
ImprimirA mulher presa na última segunda-feira (21) suspeita de matar o marido e esconder seu corpo dentro de um freezer em Lacerdópolis, Santa Catarina, já havia pedido medida protetiva contra ele, informou a Polícia Civil. Em boletim de ocorrência registrado em 2019, ela relatou ter sido agredida e fez a solicitação.
De acordo com o delegado Gilmar Antônio Bonamigo, o casal “se reconciliou” após a ocorrência e não houve mais denúncias.
Ontem (22), a pedagoga Claudia Fernandes Tavares Hoeckler, de 40 anos, disse em depoimento que queria sair com as colegas de trabalho para uma confraternização, mas que foi proibida por Valdemir Hoeckler, de 52. Ela também alegou ter sido ameaçada de morte por ele.
Segundo as autoridades, a suspeita confessou o crime e afirmou que agiu sozinha. Ela detalhou que deu ao marido três comprimidos que fizeram o dormir. A causa da morte ainda não foi confirmada.
A defesa da pedagoga disse que o crime foi motivado por supostos episódios anteriores de violência doméstica.
‘Vou para cadeia, mas nunca me senti tão livre’
Mesmo com a consciência de um futuro na prisão, Claudia chegou a dizer que nunca se sentiu “tão livre”.
“Eu vou agora cumprir minha pena, vou para cadeia, mas eu nunca me senti tão livre. [...] Eu sinto que minha filha está mais segura. Não vai ter ninguém impedindo da gente se ver. Sei que vou parar de apanhar, não sei explicar, mas é uma liberdade”, afirmou em entrevista ao Canal Beto Ribeiro, no Youtube.
Corpo encontrado
Valdemir estava desaparecido desde segunda-feira passada (14). Seu corpo foi encontrado na noite de sábado (19).
A esposa permitiu a busca na casa da família e se entregou às autoridades na segunda. A polícia desconfiou do crime por conta das versões desencontradas dadas por Claudia e informações obtidas com vizinhos.
Além disso, ao prestar depoimento na sexta-feira (18), quando o corpo ainda não havia sido localizado, a pedagoga estava com hematomas e marcas de agressão no braço.