Sábado, 23 de Novembro de 2024
Polícia
11/08/2023 09:28:00
Mulher suspeita de planejar morte de médico para se livrar de dívida fica em silêncio durante depoimento

G1MS/LD

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Bruna Nathalia de Paiva, que foi presa no dia 7 de agosto como suspeita de planejar a morte do médico Gabriel Paschoal Rossi, ficou em completo silêncio durante depoimento à Polícia Civil de Dourados.

O depoimento ocorreu durante a tarde dessa quinta-feira (10). Ao g1, a defesa de Bruna Nathalia de Paiva disse que não vai se manifestar sobre o caso neste momento.

O delegado que apura o caso, Erasmo Cubas, comentou que várias perguntas foram feitas à suspeita, porém, a mulher não respondeu os questionamentos. A mulher segue presa em uma delegacia de Dourados.

De acordo com a polícia, a mulher contratou Gustavo Kenedi Teixeira, Keven Rangel Barbosa e Guilherme Augusto Santana por R$ 150 mil para eles matarem o médico que cobrava uma dívida de R$ 500 mil dela. A defesa dos outros três suspeitos também não quis se manifestar.

Conforme informações do delegado responsável pelo caso, Erasmo Cubas, Bruna planejou todo o crime e ainda ficou com o celular de Gabriel após a morte dele. Em troca de mensagens, a suspeita teria se passado pelo médico e solicitado dinheiro a amigos da vítima. Apenas neste momento, a mulher conseguiu R$ 2,5 mil.

Após o crime, a mulher "deu o calote" nos homens contratados. Dos R$ 150 mil, pagou apenas R$ 20 mil para ser dividido entre os três homens.

Crime planejado

Enquanto Gustavo, Keven e Guilherme torturavam Gabriel na casa alugada por 15 dias na Vila Hilda, em Dourados, Bruna esta em uma outra residência, alugada por apenas um dia, onde todos dormiram antes do crime. Ela sequer foi até o local onde mandou mantar o médico.

Segundo informações da polícia, eles viajaram de Minas Gerais até o município fronteiriço Ponta Porã (MS), onde compraram objetos que seriam utilizados na tortura, e depois seguiram até Dourados.

Gabriel foi atraído para a residência onde foi morto. Conforme a polícia, a suspeita é que o médico foi até o local para repassar informações de onde havia vendas de drogas na cidade, mas não há confirmação sobre o envolvimento de Gabriel com o tráfico.

O delegado também afirmou que Bruna alugou a residência por 15 dias para que o corpo do médico demorasse mais tempo para ser encontrado. Ela instruiu os capangas para pegar o telefone de Gabriel e levarem para ela.

Em troca de mensagens, a suspeita leu conversas antigas do médico e, como já o conhecia, se passou por ele durante dias, pedido dinheiro para amigos e família. Apenas neste momento, a mulher conseguiu R$ 2,5 mil.

As mensagens também atrasaram que a família de Gabriel registrasse seu desaparecimento. Apesar do médico sumir no dia 26 de julho, a polícia só começou o procurar no dia 2 de agosto, um dia antes dele ser encontrado morto.

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