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Polícia
16/07/2013 08:26:38
Na Máxima da Capital, detentos produzem sofás de luxo
Sofás de luxo feitos sob medida estão sendo fabricados por internos do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, o Segurança Máxima de Campo Grande.

Da Assessoria/LD

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Foto: Divulgação
\n Sofás de luxo feitos sob medida estão sendo fabricados por internos do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, o Segurança Máxima de Campo Grande. As peças encantam pelo capricho e riqueza de detalhes, resultado de um trabalho todo artesanal.

Na oficina de tapeçaria da Máxima trabalham dez reeducandos. Pelo trabalho, eles recebem remuneração e remição de um dia na pena a cada três de serviço prestado. A iniciativa faz parte de parceria da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) com uma empresa da Capital. Em três meses de projeto, 37 sofás já foram confeccionados.
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Os estofados seguem o estilo contemporâneo e os detentos trabalham na produção de modelos variados, como o chaise, retrátil, retrátil-reclinável, com diversos tipos e material. Eles atuam desde o corte da madeira, colagem de espumas, colocação de molas, costura de tecidos à montagem final. “Cada detento trabalha em uma etapa da produção”, explica o instrutor e coordenador da tapeçaria, Claudinei Dias Nunes. Segundo Nunes, os reeducandos recebem o desenho do estofado a ser fabricado e as medidas que deverão possuir. O instrutor destaca o envolvimento e comprometimento com que os reeducandos realizam as atividades. “As pessoas acham que dentro do presídio é o fim do mundo, mas tamanha é a tranquilidade em trabalhar com eles, a gente é até muito mais respeitado que lá fora e o interesse deles em aprender enbsp;fazer direito é muito maior também”, garante.

Para trabalhar na oficina, além de aptidão, os reeducandos precisam ter bom comportamento e terem sido avaliados pela Comissão Técnica de Classificação. “A implantação de mais trabalhos para os internos reflete até na questão disciplinar, porque é preciso ter ‘ficha limpa’ para ser inserido”, comenta o diretor do presídio, João Bosco Correia. Outro fator importante, na opinião do dirigente, é que capacita os detentos para o mercado de trabalho. “Muitos entram aqui sem saber fazer nada e saem profissionais capacitados”, enfatiza.nbsp; O custodiado Adilson Elias, 37 anos, define o trabalho na tapeçaria da Máxima como um fortalecimento à autoestima. “É uma terapia, ajuda com a remição de pena e a gente tem uma oportunidade para quando estiver lá fora”, revela. Quanto ao dinheiro que recebe, ele garante que destina tudo para o custeio de sua mãe. “É uma forma de eu estar recompensando ela por eu ter feito o que fiz e estar aqui hoje”, diz. Preso nonbsp;Segurança Máximanbsp;por estar foragido da Justiça de Minas Gerais, o responsável pela costura dos sofás, Luís Carlos Lopes, 47 anos, garante ter encontrado no presídio o estímulo para trilhar uma vida diferente. “Aqui a gente é tratado com respeito e tem oportunidade. A pessoa que não sai mudada é porque não quer. A gente pode sair daqui tendo aprendido uma profissão”, afirma.

Segundo a direção do presídio, é uma meta da unidade prisional ampliar o número de oficinas para dar mais oportunidade de trabalho aos internos. “Já temos também uma marcenaria terceirizada funcionando e agora pretendemos fechar parceria na área de serralheria”, informa Bosco.

O Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho está localizado no Complexo Penitenciário de Campo Grande, no bairro Jardim Noroeste. \n \n
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