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ImprimirUm homem de 26 anos, apontado como um dos chefes da facção criminosa PCC, foi morto em confronto com a Polícia Militar na madrugada deste sábado (2) em Ribas do Rio Pardo, a 90 quilômetros de Campo Grande. Com mais este caso, sobe para 79 o número de suspeitos mortos neste ano com confrontos policiais em Mato Grosso do Sul. Só em Ribas foram cinco mortes.
De acordo com o site Notícias do Cerrado, os policiais faziam rondas pelo bairro São João quando suspeitaram que Cícero Cariaga de Souza, 26 anos, conhecido também como “XT PCC”, estivesse armado no meio da rua.
Os policiais, então, teriam descido da viatura para tentar abordar o suspeito, mas ele tentou fugir e disparou contra os policiais.
Nota da PM diz que depois disso “os policiais revidaram a injusta agressão efetuando disparos contra o autor, o qual foi alvejado por dois disparos dos policiais. Que a guarnição PM procedeu ao devido socorro do autor, o levando para o hospital, porém, instantes após dar entrada no hospital, o autor veio a óbito”.
Ainda de acordo com a PM, Cícero tinha diversas anotações criminais como homicídio, narcotráfico, lesão corporal, corrupção de menores, falsidade ideológica, receptação, furto, dano contra patrimônio público, ameaças, desobediências e direção perigosa. Além do revólver calibre 32, os policiais encontraram com ele três celulares e cerca de R$ 1,4 mil em dinheiro.
NÚMEROS RECORDES
Esta foi a quinta morte do ano em decorrência da interveção policial em Ribas do Rio Pardo, cidade onde a criminalidade aumentou em decorrência da chegada de milhares de trabalhadores para a construção da fábrica de celulose da Suzano. No ano passado, duas pessoas foram mortas pela polícia na cidade. Nos nove anos anteriores, nenhuma.
Mas não foi só em Ribas que as mortes em confrontos com policiais dispararam em 2023. Desde o começo do ano já são 79 registros em todo o Estado. No ano passado inteiro foram 51 casos. O recorde neste tipo de ocorrência havia ocorrido em 2019, com 70 mortes ao longo de doze meses.
Mais da metade dos óbitos ocorreram em Campo Grande, onde a 38ª pessoa morreu nesta sexta-feira, na região das Moreninhas. Ao longo dos doze meses do ano passado a Capital havia registrado 22 mortes e no ano anterior, 20. O recorde de mortes na Capital havia ocorrido em 2019, com 32 registros, conforme dados disponibilizados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública.