\n \n O ex-delegado Edson Moreira, responsável pela chefia das\n investigações sobre o sumiço de Eliza Samudio, negou, na tarde desta\n quarta-feira (24), que a mão da ex-amante do goleiro Bruno, condenado a 22 anos\n pelo sequestro e morte da ex-modelo, não teria sido arrancada e jogada aos\n cães. Ele depõe no julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o\n Bola, acusado de ser o executor de Eliza Samudio. \n \n Segundo a investigação, Jorge Luiz Lisboa Rosa, uma das principais\n testemunhas do caso e que colaborou com a polícia, a mão de Eliza teria jogada\n a cães da raça rottweiller, pelo ex-policial, na cidade de Vespasiano, na\n região metropolitana de Belo Horizonte. \n \n Segundo a primeira versão de Rosa, que era menor de idade em 2010,\n ele e Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, também condenado pelo crime,\n teriam levado Eliza e o filho dela até a casa de Bola. No local, a moça\n supostamente foi morta por asfixia e esquartejada. \n \n "Nós estamos diante de um especialista na arte de matar e\n dissimular [referindo-se a Bola]. Então, [ele] asfixiou a vítima, quase não\n saiu sangue. Ele pediu aos dois [Macarrão e Rosa] que saíssem do recinto, que\n ele ia picar a vítima", disse Moreira. \n \n "Passou-se um tempo. O autor [Bola] sai simulando que tinha\n picado a vítima e fala: “olha a mão dela”, e joga no canil. Os dois saem\n correndo do local. Aquilo foi um dissimulação do autor, que não queria que eles\n soubessem onde o corpo seria jogado para que, no futuro, [caso a polícia os\n interrogasse] pudesse desacreditar as testemunhas", disse o ex-policial. \n \n Os cães de Bola chegaram a ser alvo de perícia feita pela Polícia\n Civil mineira, mas não se comprovou que eles teriam ingerido carne humana.