CGN/LD
ImprimirO fogo criminoso, que até se alastrou para a Bolívia, e grilagem de 30 mil hectares de área pública no Pantanal são alvos de operação da PF (Polícia Federal) nesta quinta-feira (dia 10). Na ação, batizada de Arraial de São João, são investigados crimes de incêndio, desmatamento, exploração ilegal de terras da União e associação criminosa em Corumbá.
Os policiais federais cumprem três mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal de Corumbá. A força-tarefa é em conjunto com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e a Iagro/MS (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal).
Durante as investigações dos incêndios de 2024, uma temporada do fogo que espalhou fumaça para todo o MS, os dados coletados revelaram que a área queimada é alvo reiterado deste tipo de crime ambiental.
Após a queimada, as áreas da União são griladas. Há indícios ainda de manejo de gado irregular proveniente da Bolívia na área devastada.
A perícia da Polícia Federal identificou que aproximadamente 30 mil hectares do bioma Pantanal foram queimados por ação dos investigados. A catástrofe ganhou grande repercussão no final de semana do Arraial São João, tradicional festa junina de Corumbá, revelando imagens impactantes enquanto a margem do Rio Paraguai ardia em chamas.
Os investigados poderão responder pelos crimes de provocar incêndio em mata ou floresta, desmatar e explorar economicamente área de domínio público, falsidade ideológica, grilagem de terras e associação criminosa. Uma arma já foi apreendida.
No dia 20 de setembro, a PF deflagrou a operação Prometeu para investigar os mesmos crimes, mas em outra área grilada da União.