MMN/PCS
ImprimirO piloto André Luiz Arruda Acosta, que chegou a ser preso em 2022 depois de ser flagrado com um avião que seria usado para carregar 300 quilos de cocaína, entrou para lista da Interpol após desaparecer ao ganhar prisão domiciliar. Ele foi condenado a 11 anos de prisão.
A decisão de inserir o nome de André na lista da Interpol foi publicada no dia 23 deste mês, pelo Tribunal Regional Federal da 3º região, pelo magistrado Felipe Bittencourt Potrich. No despacho, o juiz fala sobre o não cumprimento das medidas cautelares por André.
O piloto mudou de endereço e não comunicou a Justiça, como também deixou de comparecer aos atos do processo. Ele foi preso no dia 10 de dezembro de 2022 e recebeu prisão domiciliar no dia 23 de junho de 2023.
Carregamento de cocaína
André foi preso quando pousou o avião bimotor, de cor branca, na Pista do Aeroclube Asas de Mato Grosso do Sul, em Fátima do Sul, após ser interceptado por um avião Super Tucano da FAB. Na época, o piloto estava indo para o Paraguai para buscar um carregamento de 30 quilos de cocaína.
A droga seria levada depois para São Paulo, e segundo André, ele receberia o valor de R$ 80 mil pelo serviço. O piloto chegou a pagar R$ 8 mil para um amigo traçar uma rota que ficasse longe dos radares. A condenação de André foi publicada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que determinou 11 anos e 1 mês de reclusão.
Já Gabriel Gonçalves Bispo, apontado como dono da aeronave, foi condenado a 8 anos e 2 meses de reclusão. Segundo a denúncia, Gabriel foi a pessoa responsável pela aquisição da aeronave, tendo providenciado o seu registro em nome de um “laranja inconsciente”.
Foram obtidos documentos e mídias que comprovaram que Gabriel providenciou a hangaragem e manutenção da aeronave, arcando com as despesas. Na residência de Gabriel, por sua vez, foram apreendidos diversos aparelhos celulares, documentação e anotações relacionadas à aeronave de prefixo PT- WKZ, bens que notoriamente estão acima da sua capacidade financeira lícita declarada, dentre outros, segundo a denúncia.
Já André teria feito outras viagens para carregamento de drogas. Fotos foram encontradas, onde o piloto estava na Bahamas e na Ilha de Nassau, com maconha. A viagem foi feita em agosto de 2022.