CE/LD
ImprimirA Polícia Civil de Mato Grosso do Sul concluiu as ações da Operação Sepulcro, que visava prender o bando suspeito de executar três pessoas no “Tribunal do Crime”, em Três Lagoas, iniciada nesta quarta-feira (9).
Segundo a polícia, a ação foi liderada pela Delegacia Regional de Polícia de Três Lagoas, com o apoio da Seção de Investigações Gerais (SIG) e do Núcleo Regional de Inteligência (NRI).
A investigação abordou três homicídios ocorridos em Três Lagoas no ano passado, todos ligados a um grupo criminoso, conhecido por fazer “justiça” no chamado “Tribunal do Crime”, interligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Logo, a investigação culminou na emissão de 26 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão. Com a aprovação do Ministério Público, as ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da 1ª Vara Criminal e do Tribunal do Júri de Três Lagoas.
Embora a maioria dos alvos tenha sido localizada e detida, dois indivíduos permanecem foragidos da Justiça. A Operação SEPULCRO demonstra o compromisso contínuo da Polícia Civil em garantir a segurança da população e combater ativamente a criminalidade.
Cerca de 70 policiais da Polícia Civil do Estado de Mato Grosso do Sul participaram ativamente da ação, provenientes de diversas delegacias da cidade de Três Lagoas, além das 5ª e 6ª Delegacias de Polícia de Campo Grande/MS, DERF, DEFURV, DELEAGRO, POLINTER, DEOPS, GOI e DEFRON.
Relembre
Em 2022, no mês de setembro do ano passado, três corpos foram encontrados em regiões periféricas de Três Lagoas.
Dois deles na região conhecida como Cascalheira, e outro nas proximidades da Penitenciária de Segurança Média, os três corpos apresentavam as mesmas características, estando parcial ou totalmente carbonizados, com as mãos amarradas, e deixados em locais ermos.
À época da execução, foram mortos Carlos Augusto Machado, de 32 anos; Elias Ribeiro, de 29 anos; e Pablo Cristian de Azambuja Queiroz, sem idade divulgada.
Depois, durante cerca de dez meses, a SIG e o NRI de Três Lagoas, com o apoio de todas as delegacias da região, se empenharam na apuração dos fatos, identificando todos os envolvidos, incluindo mandantes, executores e coautores.
A polícia chegou a apurar sobre aqueles que conduziram as vítimas até os locais dos crimes, bem como os que participaram dos “julgamentos”, e os que efetivamente praticaram as ações que causaram as mortes e daqueles que dispensaram os corpos nos locais que foram encontrados.
O desdobramento da operação abrangeu simultaneamente três estados da federação, atingindo cidades como Três Lagoas/MS, Campo Grande/MS, Dourados/MS, Andradina/SP e Fortaleza/CE.
Sobre a investigação
Conforme divulgado, a ação contou com a colaboração de unidades policiais subordinadas ao Departamento de Polícia do Interior (DPI), Departamento de Polícia da Capital (DPC) e Departamento de Polícia Especializada (DPE), bem como com a cooperação das Polícias Civil dos estados de São Paulo e Ceará.
Além disso, a AGEPEN (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) de Mato Grosso do Sul, a CGPA (Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo) da SEJUSP/MS e a SAP/SP (Secretaria de Administração Penitenciária) do Estado de São Paulo foram peças fundamentais nessa operação conjunta.