Sheila Forato
ImprimirNa manhã desta quarta-feira (19), uma equipe da Polícia Civil, comandada pelo delegado Gustavo Musse, foi até um terreno da prefeitura, no bairro Mangabeira, em Coxim, para investigar o descarte de restos num terreno da prefeitura.
Acompanhados da perícia, a equipe localizou vários tipos de ossos, como de costelas, bacia e até mesmo de vértebras. Os ossos foram recolhidos e serão encaminhados para Campo Grande, no IALF (Instituto de Análises Laboratoriais Forenses), onde serão submetidos a testes de DNA.
Além dos ossos, no local foram identificados restos de caixões, de roupas, flores, vasos e demais objetos que são colocados em túmulos, inclusive um crucifixo. Em meio ao lixo é possível identificar o nome de uma mulher, Josefa, que nasceu em 05 de março de 1937. Toda a situação foi fotografada pela perícia, que vai auxiliar a polícia na investigação.
Segundo um morador da região, Sergio Kazuo Sonohata, o descarte acontece há pelo menos um ano, mas ele não soube indicar o responsável, apesar de ter suspeita. Sonohata acredita que o descarte seja feito em horários de pouco movimento na redondeza.
Caso seja confirmado que se trata de ossos humanos, o responsável vai responder por crimes contra o respeito aos mortos, previstos no artigo 209 do Código Penal, de acordo com o delegado.
Dentre esses crimes estão violação de sepultura; destruição, subtração ou ocultação de cadáver; e vilipêndio a cadáver. Em todos os casos a pena é de um a três anos de reclusão, além de multa. Gustavo Mussi também estuda a possibilidade de crime ambiental, pois o local virou um lixão a céu aberto.
A prefeitura de Coxim não sabia do ocorrido. Por meio da assessoria de imprensa informou que o jurídico vai acompanhar as investigações e contribuir para que o responsável seja punido com rigor.