Sábado, 23 de Novembro de 2024
Polícia
07/02/2014 09:00:00
Polícia conclui que filho de médico deu "pisões e cadeirada" em jovem
Ao todo, 16 pessoas foram ouvidas, entre parentes de Giovanna, policiais que atenderam a ocorrência no dia 1º de janeiro e médicos que atenderam a jovem.

CGNews/LD

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Foto: Cleber Gellio
A\n investigação da suposta agressão sofrida pela jovem Giovanna Nantes \n Tresse de Oliveira, de 18 anos, durou mais de 35 dias e, após vários \n trabalhos periciais e depoimentos, a Polícia Civil sugere que Matheus \n Georges Zadra Tannous, 19 anos, filho do médico Dr. Michel Georges, deu \n "pisões e cadeiradas" no rosto da jovem. O fato ocorreu no dia 1º de \n janeiro em um apartamento localizado na Rua São Paulo, no bairro São \n Francisco.O inquérito foi \n encerrado nesta sexta-feira (7) e os resultados apresentados pelo corpo \n de peritos e pela delegada Rosely Molina, Suzimar Batistela e Marília de\n Brito Martins, integrantes danbsp;Deam (Delegacia Especializada de \n Atendimento à Mulher).Ao todo, 16 \n pessoas foram ouvidas, entre parentes de Giovanna, policiais que \n atenderam a ocorrência no dia 1º de janeiro e médicos que atenderam a \n jovem. Exames de corpo de delito, pesquisa de sangue, análise de \n conteúdo, transcrição fonográfica e reprodução simulada foram feitos \n pela perícia.Os exames que nortearam\n a conclusão do inquérito foram feitos no dia 29 de janeiro. Segundo a \n delegada, Matheus foi levado até o apartamento com objetivo de a polícia\n identificar o que causou as fraturas e ferimentos no rosto de Giovanna.Os\n peritos usaram um crânio humano e massa de modelar para simular a pele \n da jovem. Um dos ferimentos no rosto da jovem, identificado como \n estriado, foi causado pelo calcanhar de Matheus, que tem as mesmas \n dimensões do ferimento.Na testa de \n Giovanna, a perícia identificou três ferimentos triangulares e os exames\n apontaram que foram causados pelo pé de uma cadeira do apartamento. Com\n a mesma geometria dos ferimentos, o pé da cadeira estava com resquícios\n de sangue e a polícia também conseguiu concluir que o móvel foi mudado \n de lugar.O perito \n Domingos Sávio, que participou dos levantamentos, explica os motivos que\n levaram a perícia a essa conclusão. “Reproduzimos as lesões do \n ferimento estriado de maneira semelhante e ainda não achamos nenhum \n objeto que possa ter causado essas fraturas. No calcanhar dele, ainda \n possui dimensões compatíveis com as lesões produzidas na jovem. E as \n lesões da testa têm a mesma geometria da cadeira”, explica.Sobre\n a alegação da defesa de Matheus, de que a jovem teria caído no chão, a \n perícia também concluiu ser impossível porque a jovem precisaria ter \n sofrido lesões graves no nariz em razão da queda, mas lesões assim não \n foram identificadas.No total, 20 \n amostras de sangue foram recolhidas no apartamento e levadas para o \n Instituto de Criminalística e para o IALF (Instituto de Análises \n Laboratoriais Forenses).Apuração –\n O trabalho da polícia ainda contou com o depoimento de enfermeiros, \n vizinhos do prédio, análises de fotos do pré e pós-operatório da jovem \n além de uma gravação da ligação feita pelo pai de Matheus ao Samu \n (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).Na\n gravação, é possível ouvir o pai de Matheus dando uma bronca no filho \n enquanto falava com o atendente no Samu. “Você não pode beber, cara. Há \n dois anos você já teve um coma alcoólico por isso”, disse o médico \n Michel Georges ao filho.Com o fim do\n inquérito, Matheus, responderá por lesão corporal dolosa qualificada \n por violência doméstica. A pena para o crime vai de 1 a 5 anos de \n prisão, o tempo estipulado pela Justiça é acrescido de 1/3, procedimento\n quando ocorre violência doméstica.
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