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ImprimirA Polícia de Mato Grosso do Sul investiga se o assassinato de Gilberto Emanuel Fernandes Abelha, 41, que foi executado com dezenas de disparos de fuzil calibre .762 na tarde do último domingo (16), em Ponta Porã, tem relação com um atentado cometido por ele contra a ex-namorada no ano passado, no Paraguai.
Conforme noticiado anteriormente pelo Correio do Estado, a vítima era filha do juiz aposentado Mário Eduardo Fernandes Abelha, titular da 9ª Vara do Juizado Especial - Juizado de Trânsito em Campo Grande.
Segundo apuração do portal UOL, que obteve informações da Polícia do Paraguai, na noite do dia 8 de novembro de 2022, Gilberto tentou matar a ex-companheira Keila Ortiz Leal, de 25 anos, no bairro São José, em Ciudad Del Este.
As investigações apontaram que o filho do juiz atirou cinco vezes contra o apartamento da ex, que ficava no segundo andar de um prédio localizado a seis quarteirões da avenida San José. Os vidros da janela do imóvel ficaram estilhaçados. Ninguém se feriu. A polícia local aponta que a motivação teria sido uma insatisfação com o fim do relacionamento amoroso.
O caso foi registrado na 7ª Delegacia da Polícia de Ciudad Del Este. Keila relatou aos policiais que estava no apartamento no dia do ataque, e por sorte não foi atingida pelos tiros. Ela revelou aos agentes que o ex não aceitou o fim do namoro e o apontou como autor do atentado.
A mulher narrou ainda que Gilberto era violento e muito ciumento. Keila disse também que tinha rompido com ele havia dois meses e que horas antes do ataque recebeu chamadas telefônicas dele. Porém, como não atendeu às ligações, o ex foi até o local e efetuou os disparos.
A execução
Imagens de câmera de segurança mostram o momento em que dois atiradores chegam em um carro preto, descem do veículo e efetuaram dezenas de disparos contra a vítima.
Gilberto Emanuel foi atingido na cabeça, abriu a porta do carro (branco), caiu no chão e morreu na hora.
No momento da execução, Gilberto estava acompanhado da namorada, Analiz Figueiredo Lopez, de 30 anos, irmã do prefeito de Cerro Corá, no Paraguai, Wilfrido Figueredo López. A mulher saiu ilesa, mas precisou ser encaminhada ao Hospital Regional pela equipe do SAMU em estado de choque.
A vítima ficou caída na calçada entre dois carros estacionados. Polícia Civil, Polícia Militar e perícia compareceram no local.
Até o momento, a Polícia Civil de Ponta Porã não identificou os autores do crime, que entraram no carro após a execução e evadiram do local. A ocorrência foi registrada como homicídio qualificado praticado mediante traição, emboscada ou dissimulação que impossibilitou a defesa da vítima. As investigações seguem sob sigilo.