G24h/PCS
ImprimirIdentificado por um vizinho, e denunciado no G24h, Claudio Emanoel da Silva Gomes é o homem procurado pela polícia, suspeito pela destruição do relógio que Dom João VI trouxe ao Brasil em 1808, durante os atos terroristas do dia 8 de janeiro nos três poderes em Brasília.
Segundo a fonte, o bolsonarista foi seu vizinho na Vila Cruzeiro, tem passagem na polícia por roubo, e é considerado ‘bandido perigoso’ na cidade.
O informante disse ainda que Claudinho estaria escondido em uma fazenda no distrito de Santo Antônio do Rio Verde e que recebia R$ 150 reais por dia para comandar o QG bolsonarista no município.
Em um vídeo postado pelo 24h após as eleições, o bolsonarista aparece em um bloqueio na rodovia, de joelhos, debaixo de chuva, no meio do asfalto, tentando impedir o trânsito de caminhões (Veja foto no final da reportagem).
FAKE
Publicações alegam que marcação do relógio antigo de horário anterior à invasão prova que ataque foi feito antes da invasão bolsonarista por alguém que não integrava o grupo. Governo explica que relógio já não funciona há dez anos.
Circulam nas redes sociais vídeos e mensagens que apontam que o relógio do Palácio do Planalto atacado por um vândalo bolsonarista em 8 de janeiro marcava a hora em torno de 12h30. As publicações são acompanhadas de legendas e alegações de que essa diferença mostra que destruição começou antes da invasão bolsonarista registrada no início da tarde . É #FAKE.
Em um dos vídeos, a protagonista questiona: "Como poderia ter uma pessoa às 12h30 fazendo um ato de vandalismo dentro do Palácio do Planalto conforme a imagem do relógio onde vários sites noticiaram que o relógio funcionava perfeitamente sendo que todas as outras pessoas entraram a partir das 15h? "
A secretaria de Comunicação da Presidência da República informa que o relógio de Balthazar Martinot já não estava em funcionamento há pelo menos 10 anos.
"Por essa razão, não há como levar em consideração o horário marcado por ele nas imagens internas do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. A Secom esclarece ainda que no segundo mandato do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi realizada a tentativa de manutenção do relógio, sem sucesso, por se tratar de um objeto histórico e de difícil reparação."
Imagens de câmeras de segurança marcam 15h33 no momento do ataque ao relógio. As imagens obtidas em primeira mão pela TV Globo mostram o invasor, vestido com uma blusa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), jogando o objeto no chão. Em seguida, ele tentou desligar os disjuntores do andar, antes de achar um extintor de incêndio e tentar quebrar a câmera de segurança usando o objeto, sem sucesso. O homem ainda não foi identificado.
O relógio de pêndulo do século XVII foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI. Balthazar Martinot era o relojoeiro do rei francês Luís XIV. Existem apenas dois relógios deste autor. O outro está exposto no Palácio de Versailles, na França, mas possui a metade do tamanho da peça que foi destruída pelos invasores do Planalto. O valor do relógio não foi informado.