Na manhã desta sexta-feira (1º), policiais civis de Coxim aderiram ao movimento de paralisação dos serviços durante 12 horas. Eles alegam falta de valorização da classe que há quase dois anos está sem reajuste salarial e péssimas condições de trabalho.
Em Coxim, cerca de 20 policiais filiados ao Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis) aderiram a paralisação, se aglomeraram na frente da Delegacia Regional, DAM (Delegacia de Atendimento a Mulher) e 1ª Delegacia de Polícia Civil e em seguida entregaram panfletos sobre as reivindicações em diversos pontos da cidade, recebendo o apoio de boa parte da população.
Segundo o Sindicato, esta foi a forma encontrada de alertar à sociedade e às autoridades sobre a situação.
“O objetivo não é prejudicar a população, mas sim exigir que os governantes invistam no policial civil, que apesar das péssimas condições de trabalho, ainda solucionam 70% dos crimes ocorridos no nosso estado, índice muito acima da média nacional”, destacou o Delegado Sindical da Região Norte, Jorge Luiz Saraiva.
Devido a manifestação, haverá interferência em todo o atendimento à população nesta sexta-feira e os policiais atenderão apenas flagrantes durante as 12 horas. Boletins de ocorrência de crimes de menor intensidade não serão registrados.
“Cansamos de ser enganados por promessas, proferidas em campanhas eleitorais, de que a Segurança Pública será prioridade. A Segurança Pública é feita pelos seus servidores, que se dedicam e doam suas vidas para proteger a sociedade. Portanto é preciso, primeiramente, investir no policial civil”, destacou o Presidente do Sinpol-MS, Giancarlo Miranda.
Reivindicações
Para o sindicato, problemas antigos seguem como temas principais das reivindicações como, condições dignas de trabalho; salário compatível com o risco da profissão e nível de escolaridade exigido para o cargo e fim da custódia de presos nas delegacias.
