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ImprimirNeste sábado (21), policiais civis rejeitaram as duas propostas do Governo do Estado para melhorias na categoria. Assim, farão nova reunião na segunda-feira (23) para decidir sobre greve geral e contraproposta.
A assembleia do Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis do Mato Grosso do Sul) contou com 730 profissionais da categoria. O presidente do Sinpol-MS, Alexandre Barbosa, destacou que as duas propostas do Estado não contemplam a categoria.
Então, confirmou nova assembleia na segunda-feira (23). Além disso, Barbosa disse que “não vão ter diálogo com a Assembleia de MS até a reunião dos policiais”.
Com indicativo de greve geral, a categoria decidirá entre contra propostas. “Nós vamos votar nessa possibilidade nesta segunda-feira, vai ser em todo o estado”, adiantou ao Jornal Midiamax.
Divide opiniões
Para o investigador de Jaraguari, Tony Messias Lopes, de 45 anos, as propostas não abraçam as reivindicações. “Essa proposta já existe, já foi incorporada para a categoria”.
O profissional disse que o auxílio-alimentação não daria o retorno para os policiais. “Não vai ter aumento real, o auxílio-alimentação é indenizatório e não incide impostos”, comentou.
Além disso, apontou que cerca de 60% dos aposentados seriam beneficiados com cerca de R$ 200, fator que divide as opiniões na categoria. “São 12 anos que o Governo promete cumprir, há investimento em viatura, armamento, mas não no pessoal, os policiais”, lamentou.
Ele votou pela rejeição das propostas. “Em vez de beneficiar, ela prejudica a categoria”, afirmou. No mesmo sentido, o investigador em Campo Grande, Albino Louveira, de 52 anos, ressaltou que as proposições acabam dividindo a classe.
“Negociações que desde lá atrás fizeram os aposentados perderem e que fez policiais na ativa perderem. Todo ajuste são de penduricalhos”, disse. Por isso, acredita em aumento de 28% dos salários dos policiais civis para negociação com o Estado.
Paralisação de 70% da categoria
No dia 5 deste mês, os agentes fizeram uma manifestação em frente à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro. Assim, 70% dos policiais paralisaram, e apenas serviços essenciais estavam funcionando.
A paralisação neste dia foi de 8 horas. Medidas protetivas e flagrantes foram feitos, já boletins de ocorrência, intimação e oitivas não serão feitos. “É um alerta para tentarmos abrir um canal de negociação com o Governo”, disse Barbosa no dia.
Em 19 de setembro, realizaram nova manifestação e paralisação. Cerca de 1200 agentes ficaram paralisados. Em Campo Grande, a manifestação ocorreu na frente da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro.