Domingo, 8 de Junho de 2025
Polícia
22/08/2013 09:00:00
Presidente da Juventude PMDB lidera grupo que agrediu repórteres
Em meio às pessoas que se manifestavam a favor da CPI dos Ônibus, nas galerias da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, circulava com desenvoltura uma jovem que dizia ser moradora da zona oeste e apartidária.

Terra/PCS

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Jéssica Ohana, na foto com o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e com Marco Antônio Cabral, filho do governador Sérgio Cabral, a quem sucedeu na Juventude PMDB (Foto: Divulgação)
\n \n Em meio às pessoas que se manifestavam a\n favor da CPI dos Ônibus, nas galerias da Câmara dos Vereadores do Rio de\n Janeiro, circulava com desenvoltura uma jovem que dizia ser moradora da zona\n oeste e apartidária. Frequentemente, falava no telefone celular e liderava\n gritos de guerra que eram seguidos pelos aliados. \n \n Questionada pelos repórteres, evitou falar\n o nome. A líder do grupo que agrediu repórteres da GloboNews dentro da Câmara\n dos Vereadores era Jéssica Ohana, presidente da Juventude Nacional do PMDB no\n Rio de Janeiro. Jéssica faz parte do partido do governador Sérgio Cabral, do\n prefeito Eduardo Paes, e do contestado presidente da CPI dos Ônibus, Chiquinho\n Brazão.\n \n Ao ser abordada pelo nome, depois de ter a\n identidade descoberta, Jéssica apertou o passo e evitou falar com os\n jornalistas. Se posicionou próxima a alguns de seus partidários, no saguão da\n entrada lateral da Câmara, que, irritados, agrediram o produtor audiovisual\n Guilherme Fernandes, que tentava fazer imagens do grupo. Ameaçaram de agressão\n ainda a equipe do Terra, que cobria a primeira reunião da CPI. Antes,\n nas galerias do plenário, tinham agredido e expulsado os repórteres Júlio\n Molica e Antônia Martinho, da GloboNews.\n \n Durante a sessão, provocavam os\n manifestantes contrários à CPI, indicando que pegariam todos lá fora. Cantavam\n “sou suburbano, com muito orgulho, com muito amor”, e chamavam os manifestantes\n da galeria adversária de “playboys”. Do outro lado, os rivais os acusavam de\n pertencer a grupos ligados a milícias.\n \n Parte deles acabou cumprindo a promessa de\n agressão quando deixou a Câmara, ferindo um dos manifestantes que protestava na\n porta da Casa e dando início a uma confusão generalizada. Manifestantes ligados\n ao grupo Black Bloc partiram em defesa dos que estavam apanhando e revidaram. O\n grupo pró-CPI acabou se refugiando num edifício da rua Evaristo da Veiga. Pelo\n menos dez pessoas foram detidas e levadas para a 5ª DP (Centro).\n \n Jéssica Ohana assumiu a presidência da\n Juventude do PMDB fluminense em fevereiro deste ano. Sucedeu Marco Antônio\n Cabral, filho do governador Sérgio Cabral, que deverá ser candidato a deputado\n no ano que vem. No site do PMDB, Jéssica, 21 anos, diz que estuda gestão do\n turismo na Universidade Federal Fluminense (UFF). É descrita como “determinada\n e apaixonada pela política”. Em entrevista ao site, diz que pretende manter o\n modelo da gestão do filho de Cabral, e que pretendia fortalecer a presença da\n Juventude do PMDB no movimento estudantil. Diz ser filha de políticos, mas que\n não tem intenção em se candidatar.\n \n “Não é a minha pretensão, prefiro estar ao\n lado dos companheiros Marco Antônio Cabral e Rafael Picciani, que serão grandes\n líderes e quadros nacionais do nosso partido”, disse ela ao site do PMDB.\n \n \n
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