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ImprimirA PF (Polícia Federal) cumpriu mandado de prisão contra o ex-policial militar Ronnie Lessa, que já está detido na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, acusado de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco. Nesta investigação, denominada Operação Miami, foi denunciado por contrabando de componentes de arma de fogo.
Lessa é acusado de ter enviado pelo menos dez remessas contendo diversas peças de arma da Flórida (EUA) para o Rio de Janeiro. As peças eram usadas para montagem de armas e posterior abastecimento da criminalidade do Rio, em especial de integrantes de grupos de extermínios.
A investigação aponta que as remessas foram realizadas em período de 20 (vinte) meses, entre 2017 e 2018, sendo que, pelo menos três delas contaram com o auxílio da filha, Mohana Lessa, residente na Flórida, também indiciada no inquérito.
Além dos EUA, a investigação demonstrou que o denunciado importava ilegalmente peças da Nova Zelândia e da Ásia.
Mandados
Desde que foi transferido para Campo Grande, Ronnie Lessa foi alvo de outras duas operações da PF. Em março deste ano, a Operação Heat faz parte da investigação sobre contrabando de componentes de armas.
Em maio deste ano, a PF cumpriu mandado de prisão contra o ex-policial em investigação sobre jogos de azar. Nesta, denominada Operação Calígula, consta que Lessa, contraventor Rogério de Andrade e o filho, Gustavo de Andrade, abriram casas de apostas e bingos em vários estados brasileiros. Para isso, o MP afirma que a quadrilha “estabeleceu acertos de corrupção estáveis com agentes públicos, principalmente ligados à segurança pública, incluindo tanto agentes da Polícia Civil quanto da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro”.
Morte
Ronnie Lessa foi preso em março de 2019 e, desde dezembro de 2020, veio para Campo Grande, transferido do Rio do Janeiro. O ex-PM é acusado de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, juntamente com o também ex-policial Élcio de Queiroz.