Há tempos o Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul)\n realiza denúncias com inúmeras irregularidades que envolvem a rotina de\n trabalho dos policiais civis, como desvio de função, horas extras extrapoladas,\n a custódia de presos em delegacias, e agora, mais uma ação que infringe a lei:\n a escolta de presos também realizada por policiais civis.\n \n Na manhã desta terça-feira (22), diretores do Sinpol foram até a Delegacia\n de Pronto Atendimento Comunitário Piratininga, onde havia 37 presos, número\n este acumulado devido ao feriado prolongado. Ao chegar ao local, o presidente\n do Sinpol, Alexandre Barbosa, acompanhado do diretor jurídico Giancarlo\n Miranda, viram presos saindo da DP, sendo escoltados por policiais civis até o\n camburão. Quinze presos já estavam no interior de três veículos, vindos da\n Depac Centro, transportados por guardas municipais.\n \n “Além do excesso absurdo de presos, a situação torna as DP’s locais\n extremamente perigosos, tanto para a segurança dos policiais quanto para a\n população, que fica com a segurança extremamente vulnerável”, declarou o presidente\n do Sinpol.\n \n Diante da situação, com a intervenção do Sinpol, quatro policiais do Garras\n e da DERF, compareceram até o local para dar apoio, mas ainda assim, diretores\n do sindicato acusam que o número de policiais é pequeno paranbsp; escoltar a\n quantidade de presos que foram retirados. “Por normas internacionais, como a\n ONU, faz-se necessário dois agentes de segurança para a escolta de cada preso,\n isso tanto para a segurança do custodiado, quanto para a própria segurança do\n policial”, afirma Giancarlo.\n \n Ainda de acordo com o Sinpol, a situação fere a resolução n° 365 (3 de maio\n de 2007), que dispõe sobre escoltas e transferência de presos, está claro no\n artigo 2° que as “escoltas e transferências de presos, dentro dos limites do\n Estado, serão realizadas pela Polícia Militar”, o que não vem sendo cumprido.\n \n “A falta de efetivo para realização deste procedimento é um dos principais\n motivos desta situação. Além dos PC, outra irregularidade maior é que os\n Guardas Municipais tem colaborado com o referido transporte. Por mais solícitos\n que sejam esses membros não possuem esse dever, e nem ao menos portam armas\n para seu trabalho. Seus veículos não são apropriados para a transferência de\n presos, pois as viaturas sequer tem separação ou grade em seu interior”,\n afirmou o diretor jurídico do Sindicato.\n \n Em busca da resolução deste problema, o Sinpol encaminhará mais uma vez um\n ofício aos órgãos competentes, solicitando que a resolução n° 365, referente à\n escolta de presos seja cumprida, e que a PM faça o trabalho que lhe é inerente.\n O sindicato ainda orienta a todos os policiais civis que somente realizem o\n procedimento se tiver segurança garantido e reforço policial.