Sábado, 23 de Novembro de 2024
Polícia
05/03/2014 09:00:00
Sumido há mais de um mês, jovem de MS é dado como desertor e Exército deixa buscas
O casal sumiu na região do Taboco, distrito da cidade de Aquidauana.

Midiamax/AB

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Aguinaldo\n de Oliveira da Silva Júnior, de 20 anos, que está desaparecido há 40 dias,\n juntamente com a namorada Amanda Kristina Galhardo, de 16 anos, foi dado como\n desertor do Exército. O casal sumiu na região do Taboco, distrito da cidade de\n Aquidauana.\n \n Pai\n do rapaz, Aguinaldo de Oliveira da Silva, conta que agora se não bastasse o\n fato de o filho estar desaparecido o Exército o deu como desertor. “Ele não\n abandonou o Exército. Ele está desaparecido. Isso que eles têm que entender”,\n relata, ao contar que na última semana o Exército avisou que o salário de\n Aguinaldo Jr. seria cortado por ele ser desertor. \n \n “Não\n é pelo dinheiro, mas pela falta de consideração com ele”, diz o pedreiro de 42\n anos. \n \n Ele\n relata que o quartel abandonou as buscas e que somente o investigador da\n Polícia Civil Joel Severino da Silva continua atrás. “Não temos nenhuma pista.\n O quartel já deu meu filho como desertor. Muita falta de consideração com o\n guri, uma vida em jogo”, critica. \n \n Para\n ele está errado colocar o filho como desertor, já que tudo foi registrado e\n documentado. “Tem boletim de ocorrência registrado. Tudo”, argumenta o pai, que\n afirma acreditar que o filho esteja vivo. “Tenho para mim que ele está vivo. Os\n dois eram praticamente meus filhos”, diz. \n \n O\n caso \n \n O\n casal desapareceu no dia 24 de janeiro e até agora nenhuma informação levou a\n alguma pista concreta sobre os dois. A família segue fazendo apelos por informações\n e também com as buscas na região do Taboco, distrito da cidade de Aquidauana, a\n 130 quilômetros\n de Campo Grande. \n \n Aguinaldo\n e Amanda mantiveram o último contato com a família na data do desaparecimento.\n Era uma sexta-feira e eles deixaram Anastácio para ir, de moto, até a Fazenda\n Iguaçu, onde trabalha um tio dele. \n \n Por\n volta das 15h, ainda de sexta-feira, o jovem ligou para a mãe avisando que o\n pneu da moto havia furado e que eles retornariam para Anastácio. No entanto,\n não apareceram e não fizeram mais nenhum contato. \n \n As\n buscas \n \n O\n investigador Joel Severino da Silva, do Núcleo de Inteligência Investigações e\n Capturas da Delegacia Regional de Policia de Aquidauana (NIC/DRP/A),\n responsável pelo caso, conta que não há nenhuma novidade. Ele diz que na última\n quinta-feira (27) foi a uma visita onde havia uma notícia que funcionário havia\n visto o casal pela região. Mas nada foi confirmado. \n \n Ele\n lembra que aguarda a quebra de sigilo telefônico para tentar uma nova linha de\n investigação. “O que chega é sempre a mesma informação, mas de uma outra\n maneira. Todos foram ouvidos e não há nada que leve aos dois”, explica. \n \n Segundo\n ele, a quebra do sigilo, que é dada pela Justiça, deve sair por esses dias, já\n que o pedido completou um mês na última semana. \n \n “Espero\n ter uma informação diferente das trabalhadas até agora, que nos leve a algo\n para encontrá-los”, finaliza. \n \n Qualquer\n informação sobre o paradeiro do casal poderá ser passada para a Polícia Militar\n através do 190 ou ainda para o Sr. Aguinaldo (9200-8304 e 9998-5999). \n \n Outro\n lado \n \n O\n Exército explicou que Aguinaldo de Oliveira da Silva Júnior foi dado como\n desertor porque a legislação das Forças Armadas coloca desta forma. \n \n Segundo\n o coronel Luis Fernando Barbosa Ribeiro, a legislação pontua que se o jovem\n tivesse desaparecido enquanto estava de serviço, ou se deslocando para o\n serviço, a Lei do Exército o colocaria como “extraviado”. \n \n Mas\n como ele desapareceu na folga, a legislação diz que após oito dias sem voltar\n para o trabalho é dado como desertor. “Após oito dias de ausência é considerado\n desertor. Até oitavo dia é ausente, depois é desertor. Se tivesse sumido em\n serviço teria dado como extraviado”, explica. \n \n “A\n gente sente pelo pai dele, mas é a regra do Exército”, pondera.
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