PC de Souza
ImprimirO furto de 34 cabeças de gado no último domingo (03) na fazenda Brasil Novo em Coxim, causou surpresa ao proprietário do local ao desconfiar que o perigo morava ao lado, o que foi confirmado pela Polícia Civil na tarde desta terça-feira (05).
Podia ser mais um caso de roubo ou furto de gado (abigeato) ocorrido na zona rural, mas o que causou indignação foi o fato de ser um vizinho o suposto autor do furto.
A Fazenda Brasil Novo é forte produtora de gado, de propriedade Eduardo Rocha, e faz divisa com a Fazenda Nossa Senhora de Fátima em Coxim.
O crime foi descoberto após uma testemunha ter presenciado um caminhão boiadeiro saindo da propriedade e desconfiado seguiu o caminhão até o Assentamento Santo Antonio, onde o gado foi deixado.
Conhecendo o filho do proprietário, a testemunha ligou para Eduardo Rocha e disse estranhar o transporte num domingo à noite e se ele tinha conhecimento, de pronto Eduardo negou a venda e entrega para aquele dia e hora.
Na tarde de ontem (terça-feira 05) o filho do proprietário, Eduardo Benez Rocha, foi até ao 1º DP e comunicou o furto e a desconfiança de onde estariam sendo escondidos o rebanho, de posse dessas informações uma equipe de investigadores se deslocou até o Assentamento Santo Antonio, região da antiga Fazenda Amaralina e lá encontraram 29 cabeças de gado.
O dono da chácara identificado como Josemar Aparecido Marques Viana, de 37 anos, disse que comprou o gado de Evaldo Sampietro, conhecido como “Caçula”, que é gerente administrador da Fazenda Nossa Senhora de Fátima, vizinha ao da vítima.
Diante da comprovação e localização do gado, o Núcleo de Perícias de Coxim foi acionado e constatou que Viana havia refeito as marcas de propriedade que originalmente são "ER", para "EB" afim de tentar esconder o furto.
Ao todo foram encontradas 34 cabeças de gado, todas com marcas recentes na tentativa de dificultar a marcação do verdadeiro dono.
Se não bastasse Rocha ligou para o dono da Fazenda Nossa Senhora de Fátima, que disse não acreditar no ocorrido que que “iria ver” se realmente estava acontecendo o fato, até o fechamento desta matéria não houve retorno do mesmo.
INVESTIGAÇÕES
As investigações seguem afim de identificar todos os autores do furto, já que há informações extra-oficiais que funcionários da fazenda vizinha estão realizando vendas e transportes ilegais a algum tempo. Na região diversos produtores estão sendo lesados com furtos recorrentes, serão ouvidos produtores, funcionários de fazendas, comerciantes de gado e transportadores.
A Polícia Civil pede para quem foi vítima, ou presenciou atitudes suspeitas de transportes e vendas de gado denunciarem de forma anônima, que suas identidades serão preservadas.