Três\n servidores da prefeitura de São Paulo, suspeitos de participar de um esquema\n paranbsp;fraudar a cobrança do Imposto Sobre Serviços (ISS) de construtoras,\n foram soltos na madrugada deste sábado do 77º Distrito Policial de Santa\n Cecília, onde estavam detidos desde 30 de outubro.\n \n Foram\n liberados o ex-subsecretário da Receita Municipal, Ronlison Bezerra Rodrigues,\n o ex-diretor do Departamento de Arrecadação e Cobrança, Eduardo Horle\n Barcellos, e ex-diretor da Divisão de Cadastro de Imóveis, Carlos Di Lallo\n Leite do Amaral.nbsp;\n \n Anteriormente,\n o agente de fiscalização Luís Alexandre Cardoso Magalhães já havia sido solto,\n na última segunda-feira, após assinar acordo de delação premiada, que permitiu\n deixar sua cela antes do fim do período denbsp;prisão provisória determinado\n pela Justiça a pedido do Ministério Público.\n \n Todosnbsp;os\n envolvidos no esquema foram afastados da prefeitura. Estima-se que o esquema\n causou prejuízo de R$ 500 milhões em impostos que não foram recolhidos. O\n auditor Luis Alexandre Cardoso Magalhães já havia sido afastado na última\n terça-feira.\n \n Os\n suspeitos são investigados pelos crimes de corrupção, concussão (exigir\n vantagem ou dinheiro em razão da função), lavagem de dinheiro, advocacia\n administrativa e formação de quadrilha. O recolhimento do ISS - calculado sobre\n o custo total da obra - é necessário para que o empreendedor obtenha o\n “habite-se".
Os auditores fiscais emitiam guias com valores ínfimos e\n exigiam dos empreendedores o depósito de altas quantias em suas contas\n bancárias. Sem isso, os certificados de quitação do ISS não eram emitidos e o\n empreendimento não era liberado para ocupação.\n \n \n