Sábado, 23 de Novembro de 2024
Polícia
12/11/2013 09:00:00
Vestibulando pagaria até R$ 60 mil à quadrilha por vaga em medicina na Uniderp
O caso está sendo investigado pela Dedfaz (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações, Falsificações Falimentares e Fazendários).

Midiamax/AB

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A\n polícia trabalha com a suspeita de que uma quadrilha esteja à frente da\n tentativa de fraude no vestibular do curso de medicina da Universidade \n Anhanguera/Uniderp que aconteceu no último domingo (10), na capital. O \n caso está sendo investigado pela Dedfaz (Delegacia Especializada de \n Repressão aos Crimes de Defraudações, Falsificações Falimentares e \n Fazendários). \n Um dos candidatos relatou à polícia que, se fosse\n aprovado, pagaria R$ 60 mil, valor bem acima do que a maioria estaria \n disposta a pagar. Segundo informações, cada candidato pagou entre R$ 300\n e R$ 500 pelo ponto eletrônico e, se fossem aprovados, pagariam de mil a\n cinco mil reais à quadrilha. \n Willian Nascimento foi o primeiro a ser \n descoberto com o ponto eletrônico. Willian estava muito nervoso e \n levantou várias vezes para ir ao banheiro, o que fez com que os fiscais \n desconfiassem que havia algo errado. Segundo informações da delegada \n titular da Dedfaz, Arienenbsp; Murad de Souza, o rapaz já cursava o 9º \n semestre de medicina na Bolívia. \n Há a suspeita de que uma acadêmica do curso de \n medicina tenha sido paga para fazer a prova e depois passar as respostas\n aos candidatos pelo equipamento eletrônico. Ela já foi identificada, \n mas não teve o nome revelado por conta das investigações. Ela foi \n reconhecida por colegas no dia da prova. \n Após a descoberta do primeiro ponto, todos os \n 2.500nbsp;vestibulandos passaram por exame de otoscopia (exame do canal \n auditivo externo e do tímpano efetuado com a ajuda de instrumentos \n específicos) com o intuito de identificar pontos eletrônicos.nbsp;Os \n policiais tambémnbsp;encontraram um ponto jogado no chão do banheiro da \n universidade, mas não conseguiram identificar quem estava com ele. \n A polícia já tem o nome de quatro possíveis \n integrantes da quadrilha, dentre eles uma mulher. Segundo apurado, a \n quadrilha atua em vários estadosnbsp;comonbsp;Goiás, Paraná, Pará, São Paulo, \n entre outros. Os possíveis canditatos eram abordados saindo \n denbsp;vestibulares pelanbsp;suposta quadrilha. Entre eles existem taxistas, \n também já identificados. \n Dos 23 candidatos apanhados com o equipamento, \n somente um continua preso. Joaquim Pereira Gonçalves, de 31 anos, não \n pagou a fiança arbitrada em pouco mais de R$ 2 mil.nbsp;A polícia \n aindanbsp;investiga se há ligação com o caso registrado em 2011, na mesma \n universidade, sobre a fraude no vestibular. \n
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