Sábado, 23 de Novembro de 2024
Polícia
06/11/2012 09:00:00
Violência contra garoto de 4 anos choca até quem lida com isso todo dia
“Quando a agressão parte de alguém da família, geralmente é uma pessoa que a criança ama, então ela não quer prejudicar o agressor, por isso acaba não contando sobre a violência que sofre”.

CGNews/LD

Imprimir
\n \n Um\n padastro sob efeito de drogas, uma criança de quatro anos que foi parar no\n hospital com ferimentos graves de agressão e sinais de violência sexual e uma\n mãe que alega que não sabia de nada o que acontecia debaixo do teto da própria\n casa. O fato chocou e revoltou. Agora a polícia apura os fatos, que são até\n frequentes na delegacia.\n \n \n \n “Quando\n a agressão parte de alguém da família, geralmente é uma pessoa que a criança\n ama, então ela não quer prejudicar o agressor, por isso acaba não contando\n sobre a violência que sofre”.\n \n Na delegacia especializada, de acordo com a psicóloga,\n pelo menos seis crianças e adolescentes são atendidos com algum tipo de\n agressão, cometida dentro de casa. “A pior violência é a que parte da família”,\n comenta Carlota.\n \n A\n psicóloga comenta ainda que a maioria das crianças que sofre algum tipo de\n violência se sente culpada, por isso não tinha coragem de contar o que sofria.\n “O que mais se escuta, principalmente de meninas, é que a culpa é delas. Muitas\n vezes elas chegam a dizer que não querem que o agressor seja preso”.\n \n Sobre\n mente do agressor, a psicóloga da DEPCA explica que se trata de um ciclo, ou\n seja, a pessoa violenta já vem de um ambiente assim, ou sofreu algum tipo de\n agressão no passado, seja física ou psicológica.\n \n A\n psicóloga alerta aos pais e até mesmo pessoas que cuidam de crianças, como\n professores, babás, a prestar atenção no comportamento delas. “Se criança é\n muito alegre e de repente começa a ficar amuada pelos cantos, ou ao contrário,\n se ela é tranquilo, não é muito agitada e começa a ficar agressiva, é melhor\n ficar de olho e até mesmo comunicar a polícia”, orienta.\n \n Para\n Carlota, o pior caso é quando a criança se sente muito sozinha, quando ela vem\n de um ambiente de abandono. “Ela passa a não acreditar em ninguém, deixa de\n acreditar no mundo. Essa situação é que me corta o coração”, desabafa.\n \n Diferente\n das que sofrem agressão, mas que ainda querem brincar e acreditam nas pessoas.\n “Essas são mais fáceis de tratar e de ter uma vida normal. Se for quebrado esse\n ciclo, a criança pode ter uma vida normal, vai ter a lembrança, mas com\n tratamento, ela pode conviver com o trauma”, esclarece a psicóloga.\n \n Na\n manhã de hoje, a mãe da criança prestou depoimento na DEPCA. Ela disse que não\n sabia das agressões que, segundo a Polícia apurou, ocorriam há mais de 40 dias.\n A mulher, que é professora, vivia há 8 meses com o homem que abusou do filho\n dela.\n \n O\n padrasto está preso desde da última quinta-feira (1º). Ele disse à polícia que\n estava sob efeito de drogas e estava arrependido.\n \n \n \n \n
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias