Correio do Estado/AB
ImprimirCerca de 150 manifestantes pró-Partido Trabalhista (PT) protestam na manhã deste sábado (5) na avenida Afonso Pena com a rua 14 de julho, no Centro de Campo Grande. Até o momento, o movimento segue pacífico, contando apenas com "bate-boca" por parte de duas mulheres, mas que foram contidos pela Polícia Militar que acompanha de perto a ação.
Os manisfestantes organizaram o movimento para apoiar exclusivamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é alvo da 24ª fase da Operação Lava Jato onde foi conduzido pela Polícia Federal nesta sexta-feira (4) para prestar esclarecimentos (leia a reportagem).
O movimento de oposição Frente Brasil Popular organizou o protesto e o presidente da união, Mário César Fonseca da Silva, afirma "estar protestando contra o golpe".
Os manifestantes usam carro de som para chamar atenção de quem passa pelo Centro da Capital. Concentrados no canteiro da Avenida Afonso Pena, os defensores de Lula vão para o meio da pista assim que os semáforos fecham. Em alguns momentos, há buzinaço de apoio e protesto contra a manifestação.
Por volta das 10h30, uma mulher identificada como Lucineia Bernardino, de 31 anos, iniciou novo bate-boca ao questionar os manifestantes e xingar o ex-presidente. Ela procurou policiais e foi orientada a não provocar os manifestantes.
OUTRO PROTESTO
Ontem, exibindo várias bandeiras do Brasil, manifestantes se reuniram, nos altos da Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, para comemorar a condução coercitiva do ex-presidente e principal líder do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, à Polícia Federal (PF).
Deflagrada ontem, a 24ª fase da Operação Lava Jato, que tem como alvo Lula e pessoas próximas a ele. Os policiais federais cumpriram, entre outros locais, mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente, em São Bernardo do Campo (SP), na sede do Instituto Lula, na capital paulista, e no sítio que era usado pelo petista em Atibaia (SP).
De acordo com Ministério Público Federal (MPF), autor do pedido de condução de Lula, o ex-presidente é investigado porque há indícios de que ele recebeu dinheiro desviado da Petrobras por meio da execução de reformas no apartamento triplex do Guarujá (SP) e do sítio de Atibaia.