G1/LD
ImprimirIndicada pelo presidente Michel Temer para substituir Rodrigo Janot à frente do Ministério Público Federal, a subprocuradora-geral da República Raquel Dodge tem cumprido nesta semana uma intensa agenda de visitas aos gabinetes de senadores.
Na próxima quarta-feira (12), os integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) vão sabatinar e, posteriormente, votar a indicação de Dodge. Em seguida, o nome dela será encaminhado ao plenário do Senado, que dará a palavra final.
Nas reuniões com os senadores, Dodge apresenta suas credenciais para o cargo e busca conquistar o apoio dos parlamentares. Na tarde desta quarta, por exemplo, ela tem encontros com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Álvaro Dias (Pode-PR).
Pela manhã, ela se reuniu com seis dos sete integrantes da bancada do PP no Senado. Nesta terça (4), a indicada já havia se reunido com outros parlamentares, caso dos senadores Paulo Bauer (PSDB-SC), líder do partido, Marta Suplicy (PMDB-SP), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e com Roberto Rocha (PSB-MA), relator da indicação na CCJ.
Mais cedo nesta quarta, Rocha apresentou seu relatório no qual aponta que Raquel Dodge cumpre os requisitos para assumir o comando da Procuradoria Geral da República.
Após a leitura do parecer, foi concedida vista coletiva sobre o caso, ou seja, mais tempo para os senadores da CCJ analisarem a indicação de Dodge.
O que diz o relatório
No relatório entregue à CCJ, Roberto Rocha diz que Raquel Dodge tem "fatos relevantes" e "aspectos notáveis" nas carreiras profissional e acadêmica. Ele também afirma que a procuradora tem "amplo apoio" da categoria de procuradores da República.
"Sua experiência é inquestionável em matéria penal, mas não é menor em relação a questões cíveis, em geral, e de tutela coletiva, em especial", diz trecho do relatório de Rocha.
A indicação
Dodge foi indicada para o cargo de procuradora-geral da República pelo presidente Michel Temer na semana passada.
Se aprovada pelo Senado, ela vai substituir o atual procurador-geral, Rodrigo Janot, que deixará o comando da PGR em setembro. Ele comanda o Ministério Público desde 2013 e está no segundo mandato.
A indicação de Raquel Dodge foi anunciada após Temer receber a chamada lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). A procuradora ficou em segundo lugar, atrás de Nicolao Dino, atual vice-procurador-geral eleitoral.
Cabe ao procurador-geral da República, entre outras atribuições, investigar e oferecer denúncias contra políticos que têm direito ao chamado foro privilegiado.