Na defesa dos três vereadores de Alcinópolis acusados de envolvimento\n no assassinato de Carlos Antônio Carneiro, ocorrido em 26 de outubro de\n 2010, o advogado Rubens Barbirato afirma: “Não há provas contra eles”.\n \n Os clientes do advogado, os vereadores Eliênio Almeida de Queiroz \n (PR), Valter Runiz Dias de Souza (PR) e Valdeci Lima de Oliveira (PSDB),\n podem ir a júri popular pelo crime. Eles foram presos em julho do ano \n passado e soltos em 12 de agosto.\n \n Os três foram denunciados pelo MPE (Ministério Público Estadual) por \n “ajustar” a morte de Carlos Antônio, que aconteceu em Campo Grande.\n \n O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, \n aceitou a denúncia e determinou prazo de dez dias para apresentação de \n defesa preliminar. De acordo com o advogado, o que existe contra os \n vereadores “são suposições porque um deles [Valter] virou presidente da \n Câmara”, diz Rubens Barbirato.\n \n Eles foram denunciados por homicídio com motivo torpe e emboscada. Na\n denúncia, o promotor Douglas Oldegardo dos Santos cita a disputa \n política no município:\n \n “Apurou-se que o crime teve motivação torpe, quais sejam as \n desavenças políticas existentes entre a vítima e os denunciados, os \n quais compunham o grupo político liderado pelo Prefeito Municipal de \n Alcinópolis/MS, enquanto a vítima fazia parte do grupo político de \n oposição”. Com a morte do vereador, Valter foi eleito presidente e o \n suplente Valdeci assumiu, dando maioria na Câmara ao prefeito.\n \n O prefeito na época do crime era Manoel Nunes da Silva (PR), que foi \n afastado da prefeitura de Alcinópolis após ser preso acusado de \n envolvimento no crime, também responde na Justiça pela morte. Agora \n ocupa o cargo o pai de Carlos Antônio.\n \n O mandante e o executor do assassinato vão a júri popular no próximo dia 24.\n \n \n