G1/LD
ImprimirLideranças do "Centrão" defendem que o presidente Michel Temer indique para a vaga de Antonio Imbassahy (PSDB) o chefe de gabinete da Secretaria de Governo, Carlos Henrique Sobral. Um dos principais entusiastas do candidato é o líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), articulador de Temer junto aos deputados.
Sobral foi assessor especial de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) quando o ex-deputado, hoje preso pela Lava Jato, presidiu a Câmara dos Deputados.
Quando Geddel Vieira Lima assumiu a articulação política do governo, em 2016, convidou Sobral para trabalhar com ele. Desde então, o assessor está no ministério.
Ao assumir, Imbassahy decidiu manter o ex-assessor de Geddel por conta de sua interlocução com os deputados.
Sobral participou ativamente da negociação com deputados em busca de votos durante as duas denúncias contra Temer. Ele tem acesso ao mapa de cargos do governo, atende parlamentares diariamente e cuida de pedidos e exonerações.
Por conta da experiência legislativa, explicou ao Blog um de seus defensores, ele tem "excelente trânsito" com partidos da base aliada. O assessor não tem filiação partidária.
O "Centrão", bloco formado por partidos como PSC, PP e PSD, está de olhos nas principais vagas da Esplanada dos Ministérios, mas, no caso da articulação política, enfrenta principalmente os partidos da antiga oposição, como o DEM, além do próprio PMDB.
Segundo o Blog apurou, Temer quer ouvir Rodrigo Maia (DEM-RJ) sobre a troca. Mas o presidente da Câmara, tem dito a aliados que só tratará de nomes para a vaga de Imbassahy – de quem é amigo – se o presidente confirmar que deseja tirá-lo.
Maia quer afastar que a eventual responsabilidade de demissão de Imbassahy seja creditada a ele. Afirma nos bastidores que é uma decisão do presidente da República em duas etapas: primeiro, confirmar que vai tirar o ministro.
Só depois o grupo formado por deputados da antiga oposição discute o nome, mas já rejeitam, nos bastidores, o nome Sobral, defendido pelo grupo do "Centrão".