Política
17/08/2013 10:59:25
Alves diz que Câmara analisará "caso a caso" antes de cortar "supersalários"
TCU estipulou 60 dias para corte nos salários acima do teto de R$ 28 mil. Presidente da Câmara diz que é possível cumprir decisão antes do prazo
G1/PCS
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\n \n O\n presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou ao G1 que a Casa vai\n fazer uma análise "caso a caso" antes de cumprir decisão do Tribunal\n de Contas da União (TCU) de corte nos vencimentos de mais de mil servidores com\n remuneração acima do teto do funcionalismo (R$ 28 mil).\n \n Na\n última quarta-feira (14), os ministros do TCU estipularam prazo de 60 dias para\n que a Câmara reduza os chamados "supersalários" ao limite do teto\n constitucional (o equivalente aos vencimentos de um ministro do Supremo\n Tribunal Federal). Os "supersalários" são decorrência do entendimento\n de que o pagamento por função comissionada não entra no cálculo para adaptar as\n remunerações ao teto constitucional.\n \n De\n acordo com levantamento do jornal "O Globo", realizado com base na\n folha de pagamento de julho, há 1.677 servidores com salário acima do teto na\n Câmara. Uma auditoria de 2010 do TCU tinha identificado 1,1 mil\n "supersalários". Segundo o site da instituição, a Câmara tem quase 16\n mil funcionários.\n \n Henrique\n Alves disse que a Câmara só dará início à verificação da folha de pagamento\n após a publicação do acórdão (documento que detalha as decisões do julgamento)\n pelo TCU. Segundo Alves, o tribunal informou à Câmara que o acórdão deverá ser\n publicado na próxima semana.\n \n Estamos\n aguardando o acórdão para analisar. E começar a analisar caso a caso,\n detidamente. Verificaremos os casos que confirmam valores acima do teto\n estabelecido pelo TCU, disse ao G1 o presidente da Câmara.\n \n Alves\n afirmou que a checagem dos salários considerados irregulares vai se estender\n pelo prazo que for necessário. Mas, segundo ele, é possível concluí-la em menos\n de dois meses, antes, portanto, do prazo estabelecido pelo TCU.\n \n São\n mais de mil casos que a imprensa registra. Vamos checar um por um. [Esse\n processo levará] o tempo que, com responsabilidade, precisar. E pode ser antes\n [de 60 dias], sim, afirmou.\n \n Conforme\n auditores do Tribunal de Contas da União, o prejuízo aos cofres da Câmara com o\n pagamento de salários irregulares soma R$ 517 milhões por ano. Nas contas dos\n técnicos da corte de fiscalização, 18,75% dos gastos da casa legislativa com\n pessoal estão irregulares.\n \n Sem devolução
\n Apesar de decidir pela redução dos salários acima do teto na Câmara, a maioria\n dos ministros do TCU optou por livrar os servidores de devolver os valores\n pagos indevidamente nos últimos cinco anos.\n \n Auditores\n do TCU recomendaram o ressarcimento aos cofres públicos dos valores que os\n beneficiários dos "supersalários" receberam a mais nos últimos cinco\n anos.\n \n Na\n sessão da última quarta do tribunal, o ministro Walton Alencar defendeu em\n plenário a devolução dos valores pagos acima do teto desde 2005.\n \n Mas\n a maior parte dos ministros decidiu acompanhar o voto do relator do processo,\n ministro Raimundo Carreiro.\n \n Ex-secretário-geral\n da mesa diretora do Senado, Carreiro propôs que os servidores não devolvessem\n nada. Ele propôs somente que a direção da Câmara regularizasse os contracheques\n em até dois meses.\n \n \n
\n Apesar de decidir pela redução dos salários acima do teto na Câmara, a maioria\n dos ministros do TCU optou por livrar os servidores de devolver os valores\n pagos indevidamente nos últimos cinco anos.\n \n Auditores\n do TCU recomendaram o ressarcimento aos cofres públicos dos valores que os\n beneficiários dos "supersalários" receberam a mais nos últimos cinco\n anos.\n \n Na\n sessão da última quarta do tribunal, o ministro Walton Alencar defendeu em\n plenário a devolução dos valores pagos acima do teto desde 2005.\n \n Mas\n a maior parte dos ministros decidiu acompanhar o voto do relator do processo,\n ministro Raimundo Carreiro.\n \n Ex-secretário-geral\n da mesa diretora do Senado, Carreiro propôs que os servidores não devolvessem\n nada. Ele propôs somente que a direção da Câmara regularizasse os contracheques\n em até dois meses.\n \n \n
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