Sábado, 23 de Novembro de 2024
Política
10/03/2015 18:14:00
Alvos do Supremo, deputados do PP pedem para deixar CPI da Petrobras
Eles são investigados por suspeita de envolvimento em esquema na estatal. Parlamentares tomaram decisão após reunião do PP nesta tarde.

G1/PCS

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Alvos de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), os deputados Sandes Júnior (PP-GO) e Lázaro Botelho (PP-TO) informaram nesta terça-feira (10) que pediram o afastamento da CPI da Petrobras.

Titular da comissão, Botelho disse, por meio da sua assessoria de imprensa, que pediu para saída comissão e no Conselho de Ética, para o qual também havia sido indicado pelo seu partido. Sandes Júnior disse que deixará a CPI para evitar "desgaste". A decisão foi tomada em uma reunião do PP na tarde desta terça.

“Embora eu seja suplente, tanto é que não estou na CPI, pedi meu afastamento para o líder [Eduardo da Fonte (PP)] e ele concordou. Isso foi há meia hora”, afirmou ao G1. "Fiz isso para evitar qualquer tipo de desgaste. Hoje o líder do meu partido já deve indicar outro nome", completou.

Suplente na comissão, Sandes Júnior havia dito na segunda (9) que iria continuar no colegiado porque não via contradição em integrar a CPI mesmo sendo investigado pela suspeita de ser um dos beneficiários do esquema de corrupção na estatal. Botelho também disse na segunda ter a intenção de permanecer no colegiado.

Na sessão desta terça, diversos parlamentares de partidos como o PSOL, PPS e PSDB questionaram a presença na comissão de Sandes Júnior e do deputado Lázaro Botelho (PP-TO).

"Foram vários deputados citados [na lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot] e esqueceram dos deputados. Só falam agora de quem é membro da CPI", disse Sandes Júnior.

Na sexta-feira (6), o ministro Teori Zavascki, do STF, autorizou a abertura de inquérito para investigar 49 pessoas – das quais 47 políticos – suspeitos de participação no esquema de corrupção da Petrobras revelado pela Operação Lava Jato.

Entre os que serão investigados, há 22 deputados federais, 12 senadores, 12 ex-deputados e uma ex-governadora, pertencentes a cinco partidos, além de dois dos chamados "operadores" do esquema – o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e lobista Fernando Soares, o "Fernando Baiano".

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