\n \n Autoridades sul-mato-grossenses estiveram reunidas no Palácio\n Tiradente na manhã desta segunda-feira (16) entregando as cerca de 110 mil\n assinaturas conseguidas por meio das campanhas ‘Reajá Jᒠe ‘Pelo Fim da\n Impunidade’. Ambas pedem mais segurança à população. O documento foi entregue\n ao deputado paulistano Olímpio Gomes (PDT) que esta capitaneando nacionalmente\n a campanha. \n \n A coleta de assinaturas tem como objetivo mudar as leis fazendo\n com que crimes contra agentes da Lei sejam enquadrados como hediondos e que as\n penas brasileiras sejam mais severas. Ao todo foram 78 mil pelo Reaja MS e\n 32.430 Pelo Fim da Impunidade. Essas assinaturas serão juntadas a outras\n coletadas em todo o país para pedir a mudança na legislação. \n \n Olímpio usou a tribuna para agradecer dizer que esse movimento\n começou quando morreram em\n São Paulo em uma série de execuções 107policiais militares, 7\n policias civis e 19 agentes penitenciários, todos vítimas de ataques de facções\n criminosas. \n \n “Enquanto a Lei está defasada, a sociedade tem que reagir no\n limite do que é possível. Agradeço ao povo de MS que tenha amparado as vitimas\n e os agentes da Lei, que fizeram juramento de que morreriam se preciso for, em\n defesa da sociedade”, disse. \n \n O comandante geral de MS, coronel Carlos Alberto Davi dos Santos\n disse que essas campanhas conseguiram as assinaturas em 9 meses e que tem por\n objetivo fazer com que o povo brasileiro não se acostume com a violência\n cometida todo dia. “É pra que essas pessoas que cometem crimes possam ficar\n atrás das grades”, salientou. \n \n O professor Rubens Silvestrini - pai do estudante Breno\n Silvestrini, assassinado friamente com seu colega Leonardo Fernandes durante um\n roubo de carro - falou que não gostaria de estar hoje nessa campanha e criticou\n duramente a segurança de MS. \n \n “Não gostaria porque não queria ter perdido meu filho. Hoje tenho\n um filho só de papel que só posso ver por fotos. Mas tenho certeza que esse\n papel com essas assinaturas em Brasília terão uma diferença muito grande. Temos\n poucos policiais militares civis e rodoviários também. Cada vez mais preocupa\n ver uma fronteira aberta, onde é muito fácil entrar no estado com droga”,\n pontuou. \n \n O secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini\n criticou a falta de um orçamento. Segundo Jacini há no Congresso Nacional há\n mais de 10 anos uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que tramita há 10\n anos e destina recurso federal para segurança. “Mas até hoje não foi aprovado”,\n salientou. \n \n Já o governador André Puccinelli lembrou que o que motiva a\n reunião não é nada agradável, mas que os efeitos sirvam para poder contornar o\n que a sociedade ao longo do tempo acabou ‘ajudando’. \n \n “Hoje não pode dar palmada isso e aquilo e antigamente a sociedade\n era rígida, era o sarrafo e vara de marmelo que assoviava ao vento e hoje se\n reprime ate coação moral. A ordem natural é que um filho morra depois dos pais\n e só saber da dor, um pai que perdeu seu filho. Pena dura aos bandidos, cadeia\n não é colônia de férias”, asseverou. \n \n Questionado sobre a falta de recursos, Puccinellli disse apenas\n que se o Governo Federal assumisse os 4 mil presos federais que tem em MS já\n resolveria o problema. \n \n O cantor Henrique – da dupla Henrique e Diego – tambepm se\n pronunciou dizendo que já perdeu parentes devido a droga e que esteve falando\n não so como artista, mas como jovem. “É triste ver colegas perdendo a vida e me\n ofereço a ajudar em campanhas nesse sentido”, disse. \n \n O deputado federal sul-mato-grossense, Fábio Trad (PMDB) informou\n que no dia 25 de setembro irá acompanhar os representantes da campanha em\n Brasília, em reuniões com o presidente do senado, Renan Calheiros (PMDB-AL),\n presidente da câmara, Marco Maia (PT-RS), vice-presidente Michel Temer e o\n ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e pedir que assumam um compromisso\n que a cada bimestre receba esse grupo para falar o que esta sendo feito pela\n segurança do país. \n \n \n \n \n