\n \n O\n prefeito Alcides Bernal (PP) criticou o fato de a Câmara de Campo Grande ter\n criado uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar pagamento a\n fornecedores da Prefeitura de Campo Grande e lhe dado o nome de “CPI do\n Calote”. Segundo ele, os vereadores dão tiro no próprio pé ao dar esse nome, já\n que todos sabem que a Câmara está devendo aluguéis do prédio que ocupa na Rua\n Jatiuka Park e está prestes a ser despejada.\n \n “Criar\n comissão e dar o nome de CPI do Calote dá a imprensa que todos são caloteiros”,\n afirmou Bernal, lembrando que pega mal para a própria Câmara, que tem dívida de\n R$ 11 milhões de aluguéis atrasados. “Os vereadores estão para ser despejados\n por falta de pagamento”, disse o prefeito.\n \n Para\n ele, a criação da CPI do Calote foi um ato “inoportuno, inconseqüente, próprio\n de quem não tem compromisso com a cidade de Campo Grande”. Para ele, a comissão\n é fato criado pela oposição para desviar o foco dos desvios de recursos e\n irregularidades praticadas no setor da saúde pública.\n \n Bernal\n disse também que há na Câmara uma maioria interessada em provocar desgastes\n políticos à sua administração, destacando especialmente um grupo, sem, contudo,\n dar nomes. “Tem quatro ou cinco vereadores que estão insistindo nisso”,\n declarou o prefeito.\n \n A\n alegação dos integrantes da CPI do Calote de que a prefeitura deixou de pagar\n R$ 450 milhões a fornecedores nos últimos cinco meses, segundo Bernal, não é\n correta. Garante que houve confusão entre despesas “empenhadas” e as\n “liquidadas” e “pagas”, além de insistir que a dívida é de R$ 19 milhões. Nessa\n conta, porém, Bernal apenas subtraí valor liquidado de valor pago e\n desconsidera que o fato de valor empenhado decorre de compromisso contratual\n assumido pela prefeitura, mesmo que ela discorde dos valores cobrados pelo fornecedor.\n \n \n \n \n