Domingo, 8 de Dezembro de 2024
Política
13/11/2024 06:45:00
Casal Trutis é condenado por desvio de R$ 776 mil em recursos eleitorais
Casal de políticos recorreu da decisão da Justiça Eleitoral

MMN/PCS

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Raquelle foi candidata à deputada estadual e Trutis concorreu a deputado federal. (Foto: Redes Sociais)

A Justiça Eleitoral condenou o ex-deputado federal, Loester Carlos Gomes de Souza — o Trutis — e a esposa Raquelle Lisboa Alves de Souza, por gastos ilícitos durante as Eleições de 2022. O casal foi denunciado por desvio de R$ 776 mil em recursos eleitorais.

A Justiça Eleitoral julgou procedente a representação eleitoral proposta pela Procuradoria Regional Eleitoral de MS. Por unanimidade, reconheceram a captação e gastos ilícitos.

Trutis tentou retorno à Câmara dos Deputados em Brasília e Raquelle concorreu a deputada estadual nas eleições gerais de 2022.

Por isso, destacaram como fundamento o art. 30-A, §2º da Lei nº 9.504/1997, que dispõe sobre a negação do diploma ao candidato que teve gastos ilícitos para fins eleitorais comprovados.

São apontados como gastos ilícitos R$ 327 mil pagos pelo ex-deputado e R$ 449 mil pagos por Raquelle. O julgamento aconteceu em 9 de setembro, quando o processo estava em segredo de justiça.

Contudo, o sigilo foi derrubado pela Justiça Eleitoral. Agora, o casal de políticos tenta recurso, ainda não julgado pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul).

Denúncia

Procuradoria Regional Eleitoral de MS informou a Justiça Eleitoral que recebeu denúncia anônima, que gerou notícia de fato eleitoral. A denúncia apontou que Trutis e a esposa haviam “desviado recursos recebidos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha/FEFC e do Fundo Partidário por meio da contratação de empresas para prestação de serviços de publicidade de suas campanhas eleitorais”.

Duas empresas foram apontadas na denúncia e teriam sido contratadas para criação de identidade visual e material de campanha dos candidatos nas Eleições de 2022.

Após depoimento de prestadores de serviço, a Justiça Eleitoral apontou “disparidade nas justificativas para os valores cobrados e na descrição dos serviços prestados”. Assim, destacou que houve “falta de transparência e consistência na prestação de contas dos representados, corroborando as alegações de irregularidades no uso dos recursos eleitorais”.

Vale lembrar que o ex-deputado tentou voltar ao Legislativo, desta vez concorreu ao cargo de vereador em Campo Grande. Contudo, nas Eleições de 2024 somou 704 votos e ficou de fora da Câmara.

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