Política
30/07/2013 08:33:50
Cassações garantirão vaga a três novatos, dois veteranos e derrubará vereador sem processo
A onda de cassações que assombra a Câmara de Campo Grande pode fazer um estrago ainda maior se a Justiça tirar o mandato dos cinco investigados por compra de voto.
Midiamax/AB
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\n \n A onda de cassações que\n assombra a Câmara de Campo Grande pode fazer um estrago ainda maior se a\n Justiça tirar o mandato dos cinco investigados por compra de voto. Isso porque\n a queda dos cinco tira 24.168 votos válidos da eleição e mexe nas contas, fazendo\n uma dança das cadeiras. \n \n A reportagem do Midiamax fez\n as contas por meio de números divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE)\n e constatou que a queda dos vereadores Mário César (PMDB), Paulo Pedra (PDT),\n Alceu Bueno (PSL), Thais Helena (PT) e Delei Pinheiro (PSD) dará a vaga para\n três novos vereadores e dois veteranos. \n \n A recontagem proporcionará o\n retorno da vereadora Magali Picarelli (PMDB) e a efetivação do vereador Alex do\n PT, que deixa de ser suplente para ganhar a vaga de Thais Helena. Esta nova\n contagem também garantirá vaga a três novatos: José Chadid (PSDB), atual\n secretário de Educação de Campo Grande, Francisco Chadid e Claudir Pereira do\n Prado, que com 1.329 votos ocupará a vaga conquistada pelo PTN, por meio da\n legenda. \n \n A onda de cassações tem\n mexido com os vereadores investigados, mas também com os suplentes, que\n aguardam ansiosos pelas contas do TRE. Isso porque cada queda altera\n significativamente a ordem das cadeiras. Esta confusão no número de cadeiras\n pode mexer até com quem não tem nada a ver com a história. O vereador Eduardo\n Romero (PTdoB), por exemplo, pode ser prejudicado nesta conta. Isso porque, a\n queda dos votos de Pedra, na saída dos cinco, garante um vereador ao PTN e tira\n uma vaga da sobra, que atualmente é ocupada por Romero. A coligação brigaria\n pela última vaga, mas perderia para o PMDB, que garante o retorno de Magali. \n \n Levando em consideração as\n últimas cassações, publicadas nesta terça-feira (30), três suplentes serão\n beneficiados: Alex do PT, José Chadid e Eduardo Cury, que garante uma das vagas\n das sobras na coligação do PTdoB, DEM, PSB e PDT. \n \n As recontagens interferem\n diretamente na contagem porque alteram o número de votos necessários para\n conseguir conquistar uma vaga por quociente eleitoral, que é o número de votos\n válidos, divididos pelo total de cadeiras. Atualmente, este quociente eleitoral\n é de 14.895 votos. Com a queda dos cinco são retirados 24.168 votos da conta,\n derrubando este quociente para 14.061, dando uma vaga ao PTN, que conseguiu\n 14.095 votos, somados todos os candidatos. \n \n A contagem \n \n Para chegar à quantidade de\n votos suficientes para eleger um vereador, a Justiça Eleitoral divide o número\n de votos válidos pelo número de cadeiras na Câmara. A queda dos cinco dá vaga\n por quociente a 24 vereadores. Encerrada esta fase, a Justiça distribui as\n vagas da sobra. \n \n Para chegar ao candidato que\n garante a vaga, divide-se o número de votos válidos atribuídos a cada coligação\n pelo número de lugares por eles obtidos, mais um, cabendo ao partido que\n apresentar a maior média um dos lugares a preencher. \n \n Nesta terça-feira a juíza Elisabeth Rosa Baish, da 36ª Zona\n Eleitoral, cassou Pedra, Delei e Thais por compra de voto e abuso do poder\n econômico. Ela ainda pediu a retotalização das eleições proporcionais em 2012\n com a anulação dos votos obtidos pelos candidatos cassados. Alceu Bueno não foi\n cassado, mas tem audiência marcada para o dia 2 de agosto, onde testemunhas\n ainda serão interrogadas. Já Mário César se manteve no cargo por meio de\n liminar. Ele ficará no posto até o julgamento do processo pelo Tribunal\n Regional Eleitoral.\n \n \n \n \n
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