Midiamax/PCS
ImprimirA cúpula do PMDB também enfrenta crise institucional, e quadros do partido já se ofendem publicamente. Depois de trocar farpas com o também senador Waldemir Moka, o ex-presidente do Senado, Renan Calheiros, disparou contra o presidente Michel Temer e o deputado federal Carlos Marun, que rebateu as acusações.
Na sessão do Senado de ontem, quarta-feira (24), Renan reclamou do que chamou de tentativa do (Palácio) Planalto de interferir no PMDB, obrigando os eleitos pela sigla a apoiar as reformas trabalhista e previdenciária.
“Disse ao Michel que ele pode receber o deputado Marun em qualquer circunstância. Pode botar o Marun na presidência de comissão de especial, para defende-lo na OBA, a única coisa que não pode é receber o Marun como enviado de Curitiba, para nomear o ministro da Justiça”, disparou o senador alagoano.
Renan voltou a dizer que Marun representa, junto à Presidência da República, os interesses do ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que teria, frisou Calheiros, indicado o também peemedebista Osmar Serraglio (PR) para o ministério da Justiça.
O deputado por Mato Grosso do Sul não gostou de ser citado pelo correligionário, e fez um discurso enfático. Marun disparou que deve visitar Cunha, novamente, no Natal, e que teme encontrar Renan na cadeia, “se a Justiça efetivamente funcionar”.
“Pare de mentir, vossa excelência tem mentido tanto que já está acreditando nas próprias mentiras. Vossa excelência não tem consideração pelo seu partido, pelo seu país, é motivo de vergonha para nós peemedebistas o fato de vossa excelência ainda liderar bancada de senadores. Não se dirija mais a mim”, gritou Carlos Marun.
Ao finalizar sua fala ‘acalorada’, o deputado voltou a negar que tenha participação na escolha de Serraglio para o ministério e ainda desafiou Calheiros. “Escolha o jeito de travar essa disputa comigo”, rebateu Marun.