Sábado, 23 de Novembro de 2024
Política
14/07/2016 11:33:00
Comentários homofóbicos vazados na Coffee Break causam barraco na Câmara

Midiamax/AB

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Presidente da Câmara, o vereador João Rocha (PSDB) iniciou a sessão desta quinta-feira (14) com um pedido de desculpas ao ex-vereador Valdir Gomes (PP), que não foi aceito. O diretor licenciado do CCI (Centro de Convivência de Idosos), que estava acompanhado de dezenas de idosos do Centro, se exaltou durante a sessão e afirmou que vai manter a denúncia de quebra de decoro aos parlamentares envolvidos.

João Rocha afirmou que os comentários feitos eram em tom de brincadeira e que a vida de alguns parlamentares acabou devastada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul com a exposição de conversas de foro íntimo.

“Coisas que não têm nada a ver com a investigação foram divulgadas. O Valdir é ex-vereador, servidor público e eu entendo e comuno o sentimento. Não houve conduta de má fé na nossa manifestação”. Após o discurso, o vereador foi vaiado.

Paulo Siufi (PMDB) também usou a palavra para defender os colegas. “Não entendo porque o Ministério Público colocou no âmbito das investigações essas conversas, fotos de familiares, pacientes, está tudo anexado ao inquérito. Essa investigação do Gaeco é mentirosa e enfadonha, não apresenta nenhuma prova”.

Luiza Ribeiro (PPS) elogiou Valdir Gomes e disse entender que os vereadores estavam em um momento de descontração em casa e também pediu desculpa pelos vereadores pelas ofensas. Os outros vereadores que participaram da conversa no WhatsApp não se pronunciaram. O caso

Valdir disse não aceitar as desculpas dos vereadores, que ofenderam a ele e a sua família. "O que eu faço dentre quatro paredes é problema meu, não assunto de vocês".

Na troca de mensagens pelo WhatsApp, vazada nos autos da Operação Coffee Break entregue ao Tribunal de Justiça, os vereadores Airton Saraiva (DEM), Carlão (PSB) e Herculano Borges (SD), ironizam contratação de Valdir para assumir a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), em 2015.

A nomeação foi feita quando Gilmar Olarte estava no comando da Prefeitura, e pelo tom das conversas, os parlamentares desmereciam a contratação de Valdir Gomes pela sua opção sexual. O vereador cassado Delei Pinheiro também participa dos comentários homofóbicos.

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