Política
12/11/2012 09:00:00
CPMI deve pedir retorno da Delegacia da Mulher 24h e aumento do quadro de policiais
Embora tenha considerado ótima da estrutura da Deam, essas foram às considerações da senadora Ana Rita (PT-ES), relatora da CPMI da Violência contra a Mulher, em visita durante a unidade na manhã desta segunda-feira (12).
Midiamax/HJ
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\n \n O retorno do atendimento 24 horas na Delegacia da Mulher, aumento\n do quadro de policiais concursados, a falta de um sistema informatizado, algo\n que possivelmente agilizaria o andamento dos processos (hoje arquivados\n manualmente) e medidas protetivas, aplicadas em caráter de urgência, em\n qualquer unidade policial. \n \n Embora tenha considerado ótima da estrutura da Deam, essas foram\n às considerações da senadora Ana Rita (PT-ES), relatora da CPMI da Violência\n contra a Mulher, em visita durante a unidade na manhã desta segunda-feira (12).\n \n \n Juntamente com uma comissão parlamentar de Brasília, a senadora\n conheceu a estrutura da unidade e também verificou o trabalho realizado em Campo Grande. A\n ela foi mostrado o setor de triagem, onde se faz o boletim de ocorrência, os\n três cartórios criminais e o atendimento psicológico. \n \n Temos diversos casos de mulheres, mas a maioria delas está\n abalada emocionalmente e por isso tentamos dar suporte a mulher, com o intuito\n de não só aplicar a responsabilização penal mas também tentar restaurar aquela\n família. É um contra censo, mas temos casos até de homens que nos procuram para\n restaurar ou pedir uma conciliação, afirma a psicóloga da unidade, Vera Neide\n de Araújo. \n \n Com 26 anos de funcionamento da Deam, a média de atendimento é de\n 70 por dia, já contabilizando mais de 2,5 mil inquéritos este ano. Neste mês,\n 34 processos já foram instaurados e 300 relatados. A estrutura conta com cinco\n viaturas e 25 funcionários, entre policiais, delegadas e escrivãs. Poderíamos\n ter mais ainda, mas funcionários recentemente se deslocaram para a Polícia\n Rodoviária Federal, por exemplo, por conta dos salários mais atrativos,\n comenta a delegada Rosely Molina, titular da Deam. \n \n Para o funcionamento 24h, a delegada Molina conta que o efetivo\n atual de duas delegadas deveria ser quadriplicado, assim como o número de\n investigadores e escrivães. No ano 2000 contávamos com 10 delegados e agora\n diminuiu bastante, ao contrário do número de denúncias com relação à Lei Maria\n da Penha. Elas aumentaram de 2 mil para 6 mil, explica a delegada Molina. \n \n Em contrapartida as críticas, foi apresentado para a comissão\n diferenciais da Deam da Capital. O primeiro deles se refere à credibilidade da\n unidade. Investigamos realmente tudo aquilo que foi dito pela suposta vítima.\n Se for comprovado que a mulher está mentindo, ela poderá ser indiciada por\n denunciação caluniosa. Também criamos o auto de constatação, para adiantar o\n processo, antes mesmo do exame da perícia, fala a delegada. \n \n Este ano a Deam contabiliza 74 estupros em Mato Grosso do Sul,\n sendo 47 em Campo\n Grande. Se a mulher fala de agressões ou estupro, já\n fotografamos na hora os hematomas e também incluímos ligações e mensagens de\n celular, transcrevendo como provas materiais do processo, avalia a delegada\n Molina. \n \n Amanhã está prevista coletiva com a imprensa às 13h, na Assembleia\n Legislativa do Estado do Mato Grosso do Sul (ALMS). Às 14h, também na ALMS,\n será a audiência pública para ouvir gestores públicos, representantes do\n Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, movimentos sociais e\n sociedade civil organizada. \n \n Em funcionamento no Congresso Nacional desde fevereiro, a CPMI tem\n como objetivo investigar a situação da violência contra a mulher no Brasil e\n apurar denúncias de omissão do poder público. A CPMI é presidida pela deputada\n federal Jô Moraes (PCdoB-MG), tem em sua relatoria a senadora Ana Rita (PT-ES)\n e na vice-presidência, a deputada Keiko Ota (PSB-SP).\n \n nbsp;\n \n \n \n \n
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